privatização
Manifesto marca audiência sobre venda da Eletrobras
A audiência pública para discutir a privatização da Eletrobras distribuição Alagoas foi marcada por protesto e acabou suspensa na manhã desta terça-feira, 27, no auditório do Senai, no bairro do Poço, em Maceió.
Pessoas contrárias à privatização, como funcionários e sindicalistas, chegaram a vaiar e chamar de "golpistas" os representantes do Ministério de Minas e Energia, da Eletrobras e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Um dos manifestantes subiu na mesa dos debates, no entanto, foi contido por policiais militares. A diretoria do Sindicato dos Urbanitários reclamou à imprensa sobre o acesso à audiência.
Conforme a diretora Dafne Orion, para entrar no auditório era preciso apresentar identidade, passar por uma revista e fazer um cadastro. O que, segundo a sindicalista, intimidaria a população a participar do debate.
Privatização
O leilão das distribuidoras da Eletrobras, que atendem Acre, Alagoas, Amazonas, Rondônia, Roraima e Piauí, prevê um preço simbólico para cada empresa, de 50 mil reais, associado a obrigações de investimentos e aportes de recursos nas concessionárias.
Pelas regras da licitação, o vencedor da disputa por cada concessionária deverá realizar aportes nas empresas após a compra que variam de cerca de 240 milhões de reais nas elétricas de Rondônia e do Acre a um máximo de 721 milhões, na Cepisa, do Piauí.
Somadas as seis distribuidoras, o aporte imediato de capital exigido será de 2,4 bilhões de reais.
O valor representa cerca de 30 por cento do total de investimentos previstos para os cinco primeiros anos de operação das distribuidoras, estimados em 7,8 bilhões de reais, segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que tem assessorado o processo de desestatização. (Com GazetaWeb)