PERDA NA POLÍTICA

Morre o ex-governador Geraldo Bulhões

Por Redação 27/05/2019 - 15:13
Atualização: 27/05/2019 - 19:47
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Foto: Divulgação
Renan Filho entrega homenagem a Geraldo Bulhões
Renan Filho entrega homenagem a Geraldo Bulhões

O ex-governador de Geraldo Bulhões faleceu, aos 81 anos, nesta segunda-feira, 27. O político foi promotor de justiça, procurador e governou o Estado entre 1991 e 1995.

Bulhões estava internado no Hospital Vida, localizado na Ponta Verde, em Maceió. Ele estava hospitalizado desde o final de semana para tratar complicações respiratórias decorrentes de um tratamento contra o câncer de próstata. 

Debilitado, o quadro de saúde do ex-governador agravou e ele acabou entrando em óbito. Geraldo Bulhões era irmão do prefeito de Santana do Ipanema, Isnaldo Bulhões, tio do deputado federal, Isnaldinho Bulhões, e cunhado da senadora Renilde Bulhões. 

Biografia

Era filho de Benício Mendes Barros e Aquilina Bulhões Barros. Formado em Direito em 1963 e pós-graduado em Direito em 1965 pela Universidade Federal de Alagoas foi promotor de justiça adjunto em Pão de Açúcar e procurador em Maceió. 

Durante os governos de Luiz Cavalcante, João Tubino e Lamenha Filho foi incorporador, diretor financeiro e assessor jurídico da Companhia de Habitação Popular de Alagoas e nela foi mantido como diretor financeiro acumulando também os postos de assessor técnico-jurídico e secretário do Conselho de Desenvolvimento de Alagoas.

Ao deixar o governo ingressou na Arena e foi eleito deputado federal em 1970, 1974 e 1978 migrando para o PDS com o fim do bipartidarismo no governo João Figueiredo foi reeleito em 1982 e nesse período embora tenha votado a favor da Emenda Dante de Oliveira em 1984, escolheu Paulo Maluf no Colégio Eleitoral em 1985. 

Sua carreira política sofreu uma guinada a partir de seu ingresso no PMDB após o fim do Regime Militar quando se aproximou de Fernando Collor e Renan Calheiros: o primeiro foi eleito governador de Alagoas enquanto Calheiros e Bulhões foram reconduzidos à Câmara dos Deputados em 1986 e participaram da Assembleia Nacional Constituinte que elaborou a Constituição de 1988.

Reunido sob a legenda do PRN, o referido triunvirato experimentou a vitória nas eleições presidenciais de 1989, quando Fernando Collor derrotou Luiz Inácio Lula da Silva em segundo turno e Renan Calheiros foi alçado ao posto de líder do governo na Câmara, enquanto Bulhões era casado com Denilma Vilar, prima da primeira-dama Rosane Collor. 

Aparentemente em uníssono, o grupo se esfacelou em razão das eleições para o governo alagoano em 1990 quando Geraldo Bulhões migrou para o PSC e disputou a eleição contra Renan Calheiros. Com o desenrolar de uma campanha renhida e exaltada a realização do segundo turno foi cancelada e ao invés de ocorrer em 25 de novembro de 1990, só teve lugar em 20 de janeiro de 1991, após a ocorrência de fraude.

Vitoriosa, a candidatura de Bulhões seu rival rompeu com o governo federal e posicionou-se a favor do impeachment do presidente da República em 1992. Filiado ao PFL, foi derrotado na eleição para senador em 2002.

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