DADOS DA UFAL

Rastro escuro de óleo apareceu antes da passagem de navio grego

Descoberta é do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites
Por Bruno Fernandes 06/11/2019 - 14:24
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Ufal
Imagem de satélite obtida por pesquisador da UFAL mostra um rastro negro ao norte do litoral
Imagem de satélite obtida por pesquisador da UFAL mostra um rastro negro ao norte do litoral

Um rastro escuro de aproximadamente 85km foi descoberto pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Segundo os dados, a mancha surgiu antes do petroleiro Bouboulina passar pela região a 40 km ao norte de São Miguel do Gostoso (RN). A embarcação é apontada pelo governo brasileiro como principal suspeita pelo crime de despejar óleo cru no mar nordestino.

O rastro escuro de 85km apontado pelo cientista Humberto Batista, no entanto, aparece antes de o navio grego passar pela rota. A descoberta levou o pesquisador a buscar um outro suspeito para o derramamento de óleo no Nordeste.

De acordo com o Jornal o Globo, desde setembro, o grupo do Lapis está vasculhando bancos de dados de sensoriamento remoto atrás de sinais do derramamento.

Segundo Barbosa, a imagem já estava em suas mãos há duas semanas, mas o grupo não quis divulgá-la antes com medo de induzir a conclusões precipitadas.

Após a investigação da empresa HEX apontar o Bouboulina como culpado, porém, o cientista decidiu verificar o registro de transponder do sinal do navio grego pela região, e notou que ela não se encaixava na imagem de satélite que havia garimpado.

A Delta Tankers afirma que o Brasil investiga outras quatro embarcações da empresa pelo vazamento. Na tarde desta quarta-feira, em nota divulgada pela TV Globo, a Marinha negou a informação.

A imagem em questão foi feita por um sensor do satélite europeu Sentinel-1A. O dispositivo enxerga variações sutis de altitude, como as próprias ondas do mar, e propriedades elétricas dos líquidos, que distinguem, por exemplo, água salgada de óleo.

A mancha apareceu parcialmente numa imagem de 24 de julho, mas o Bouboulina só passou naquela área em 26 de julho.

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