CRISE DO PETRÓLEO
Petrobras vai paralisar produção de petróleo na Bacia Sergipe-Alagoas
Corte de produção faz parte da série de medidas que está sendo tomada pela empresa
Seis plataformas de produção de petróleo e gás natural instaladas entre o litoral de Alagoas e Sergipe, serão paralisadas ainda neste mês de abril, informou a Petrobrás nesta terça-feira, 14, através de uma carta enviada ao Sindicato dos Petroleiros.
O corte de produção faz parte da série de medidas que está sendo tomadas pela empresa para fazer frente à atual crise do petróleo, em que o barril baixou ao patamar dos US$ 20. A região onde está localizada a bacia Sergipe-Alagoas produz em média 3,6 mil barris de petróleo por dia (BPD).
Porém, de acordo com os dados sobre os locais que serão afetados, no entanto, essas medidas pouco contribuem para a meta de corte de 200 mil barris anunciadas para enfrentar a crise.
O esperado é que muitas plataformas ainda entrem em hibernação e que centenas de funcionários deixem a empresa nos próximos meses por falta de espaço para recolocação interna.
Segundo a empresa, com essa cotação, muitos dos seus ativos passaram a ser inviáveis e, mais do que nunca, o foco da companhia passou a ser o pré-sal.
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Nem mesmo a Bacia de Campos, que já respondeu por 80% do desempenho do país e onde ainda existem áreas gigantes em operação, estão fora do radar de corte da diretoria da petroleira.
As 45 plataformas paralisadas até agora somam pouco mais de 10 mil bpd de produção, o equivalente a menos de 10% da meta de corte.
Em número de plataformas, o estado mais atingido foi o Rio Grande do Norte, com 24 unidades, que somam 2,4 mil bpd. Todas essas unidades, instaladas em águas rasas, somadas contribuem com pouco mais de 10 mil bpd da produção da Petrobrás.
Na Bacia de Campos, foram paralisadas seis unidades, que juntas somam produção de 5,4 mil barris por dia (bpd), segundo dados do boletim divulgado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Na bacia do Ceará-Piauí,, mais nove vão ser desligadas em quatro campos, o que representa menos 2,4 mil bpd.
Os cortes nas três bacias - Campos, no Rio de Janeiro, Ceará-Piauí, e Potiguar - representam, portanto, 10,3 mil bpd de produção.
Na carta, a empresa oferece três opções aos empregados das unidades que vão ser temporariamente desligadas: a realocação interna de acordo com a necessidade da empresa, a adesão ao plano de demissão voluntária e o desligamento individualmente por acordo.