FENÔMENO GEOLÓGICO

Câmara quer trânsito de volta à avenida principal de Bebedouro

Por Tâmara Albuquerque 26/10/2020 - 07:19
Atualização: 26/10/2020 - 08:53
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Avenida de Bebedouro foi interditada em março deste ano
Avenida de Bebedouro foi interditada em março deste ano

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara Municipal de Maceió, instalada para acompanhar o processo de resolução dos problemas causados pela extração do sal-gema em quatro bairros da cidade, cobra da Braskem o monitoramento do solo nas afetadas visando liberar o trânsito pela Avenida Major Cícero de Góes Monteiro, a principal de Bebedouro. 

O presidente da CEI, vereador Francisco Sales, deixou claro em reunião interna com representantes da Braskem, realizada na semana passada, que a interdição da avenida tem gerado caos no tráfego de veículos na cidade e sobrecarregado a Avenida Fernandes Lima, o principal corredor de acesso entre as partes baixa e alta da cidade.

A avenida de bebedouro foi interditada em março deste ano pela Defesa Civil em função do avanço na instabilidade do solo nos bairros de Bebedouro, Mutange, Bom Parto e Pinheiro. Os bairros foram alvo de fiscalizações que condenaram os imóveis por risco de desabamento, já que as estruturas estavam comprometidas com rachaduras e afundamento de piso, entre outros danos provocados pelo fenômeno geológico.

Bebedouro corre risco iminente de ser consumido num desastre de grandes proporções com o afundamento das minas de sal-gema. Entretanto, neste momento, os olhos da CEI estão voltados para a possibilidade de reabrir a Avenida de Bebedouro e desafogar o trânsito na capital.

Por isso, os integrantes da comissão cobraram dos diretores da Braskem o cumprimento do prazo para a instalação dos sismógrafos, que irão possibilitar a avaliação para abertura da Avenida Major Cícero de Góes Monteiro. A empresa informou que seis equipamentos já foram instalados nos bairros. No total, 10 sismógrafos devem fazer o monitoramento das áreas afetadas. O sismógrafo é um aparelho que detecta os movimentos do solo, incluindo os gerados pelas ondas sísmicas.

Em audiência interna realizada, ontem, com a Braskem, o vereador argumentou que a mobilidade urbana da cidade está comprometida com a interdição da avenida de Bebedouro devido aos riscos de movimento do solo e cobrou a instalação de sismógrafos para avaliar o quadro de instabilidade, visando a possibilidade de liberar a pista.  

Segundo ele, “isso [a interdição da pista] vem gerando um caos muito grande em toda a região e na cidade, pois a nossa Avenida Fernandes Lima vem se comprometendo a cada dia com essa interdição”, disse Francisco Sales, lembrando da importância da via de acesso entre a parte baixa e a parte alta da cidade.

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