CASO MALAQUIAS
Vereador eleito teria intermediado assassinato do empresário
Rufino e motorista são os principais investigados na execução ocorrida em julho
Eleito um dos novos 11 vereadores de Rio Largo na eleição de 15 de novembro, o policial civil e corretor de imóveis e de seguros Vanildo Rufino dos Santos, de 58 anos, é um dos principais investigados no assassinato do empresário Kleber Malaquias de Oliveira, executado a tiros na tarde do dia 15 de julho último.
Malaquias, conhecido pelas denúncias contra membros do Judiciário e várias administrações municipais, incluindo a do prefeito rio-larguense Gilberto Gonçalves (PP), foi morto no dia em que completava 41 anos e comemorava o aniversário na Casa da Buchada, bar-restaurante localizado na Mata do Rolo. Foi alvejado a tiros quando saia do banheiro do estabelecimento.
As primeiras conclusões do inquérito policial que tem à frente o delegado Lucimério Campos e já enviadas à Justiça estão sob o mais absoluto sigilo, mas sabe-se que, além de Vanildo Rufino, que teria intermediado o crime, contratando os pistoleiros, outro investigado como envolvido na execução do empresário é o motorista do vereador eleito, Marcos Maurício Francisco dos Santos, que já foi réu numa ação judicial pelos crimes de cárcere e tortura, mas que acabou escapando da punição porque o crime prescreveu.
Aliado do prefeito Gilberto Gonçalves, Vanildo Rufino se filiou ao PP em março para disputar a eleição para vereador de Rio Largo, cargo que ele já ocupou de 2013 a 2016, quando tentou se reeleger, mas perdeu.
Rufino é também alvo de uma investigação judicial eleitoral por suspeita de compras de votos nas eleições de novembro.
Um dia antes da votação, a Polícia Militar prendeu um grupo de pessoas que estaria se articulando para comprar votos em prol do vereador eleito. Se confirmado o crime eleitoral, ele poderá ter o mandato cassado.
Entre 2017 e 2019, o empresário Kleber Malaquias foi um dos mais contumazes críticos do prefeito Gilberto Gonçalves, mas, segundo amigos, teria se aliado ao gestor no final do ano passado e estaria ocupando um cargo de assessor no Executivo Municipal quando foi assassinado. Não há, contudo, registro de contratação dele no portal da transparência do município.
Durante vários anos Kleber Malaquias atuou no ramo de locação de veículos e chegou a firmar contratos com várias prefeituras, tendo passado a atuar no ramo de corretagem de imóveis desde a falência de sua empresa, a Vem Pra K Rent a Car.
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