BAIRROS SFUNDANDO
Empresários reclamam de abandono e omissão do poder público
Há três anos moradores e comerciantes dos cinco bairros afetados pelo afundamento do solo esperam solução por parte da Braskem
A situação dos empresários dos cinco bairros afetados pelo afundamento do solo em Maceió vem se complicando a cada dia. Este mês a tragédia que ficou conhecida como “Caso Pinheiro” completa três anos e pouco foi feito para minimizar o sofrimento daquela população. Na última semana, a empresária e bailarina Eliana Cavalcanti desabafou em suas redes sociais e a postagem teve grande repercussão.
Na carta-apelo, a bailarina trata da omissão, do descaso, da alienação e da falta de compromisso dos políticos, das autoridades, da imprensa e dos cidadãos comuns.
“Cada um com seu quinhão de culpa. É claro que, com raríssimas exceções, tivemos pessoas que se sensibilizaram e tentaram, cada um no seu espaço, lutar bravamente contra essa destruição da nossa querida Maceió. Sempre achei o povo alagoano pouco ‘bairrista’, mas não imaginei que chegasse a tanto. Trata-se não só de cidadãos moradores e empreendedores gritando por socorro, vivendo com muito sofrimento e falta de perspectivas, mas da preservação de uma cidade que está em agonia, afinal já são cinco bairros afetados, e poderemos ter muito mais, pois como já falei na carta, o desastre tem uma magnitude sem fronteiras”, desabafou.
A empresária acrescentou que “a Braskem já tinha nos nocauteado duramente, e veio o Ministério Público com um acordo que nos colocou na lona, tirando o nosso equilíbrio financeiro e emocional. Para os que não sabem, o acordo Ministério / Braskem nos fez assinar um Termo de Posse em favor da mineradora, e ficamos sem saber quando nem quanto vamos receber de indenização. Uma morte lenta anunciada”, comparou.
Eliana Cavalcanti disse que espera celeridade nas indenizações. “Elas deverão ser para ontem. Precisamos salvar vidas. Não sairemos ilesos desses quase três anos de angústia, mas, recebendo a minha indenização, que espero, seja justa, não quero mais ouvir falar em Braskem. Vou passar uma borracha”, afirmou a empresária que mesmo sendo escritora, já prometeu a si mesma que não escreverá uma linha sequer sobre esse pesadelo. “Espero cumprir a minha promessa”, concluiu.
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