DO CENTRO A MANGABEIRAS
Moradores serão desapropriados para continuidade da expansão da linha férrea do VLT

A expansão do VLT que ligará o Centro da capital ao Maceió Shopping exigirá a desapropriação de imóveis nas regiões, informaram nesta segunda-feira, 9, representantes da Secretaria de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente (Sedet) e membros da Superintendência de Trens Urbanos de Maceió.
Os técnicos estiveram reunidos para discutir a parceria entre os dois órgãos visando a finalização do projeto de expansão do VLT que vai ligar os dois pontos da cidade.
A implantação do trecho de aproximadamente 3,7 quilômetros deve beneficiar mais de 40 mil pessoas e diminuir para 10 minutos a distância entre um trem e outro em horário de pico.
A obra está orçada em cerca de R$ 23 milhões, além dos recursos para a desapropriação e segundo Carlos Jorge, superintendente de trens urbanos de Maceió, a aproximação entre a CBTU e a Sedet contribuirá para desatar possíveis nós burocráticos relacionados ao levantamento necessário para a desapropriação dos lotes.
Ele ressalta ainda que a expansão do VLT é fundamental para a melhoria da qualidade dos transportes públicos e deve estar incluído no plano municipal de mobilidade urbana de Maceió.
Atualmente, a CBTU tem 35 quilômetros de via permanente, oito VLTs e 16 estações. Antes do afundamento do solo pela Braskem nos bairros do Pinheiro, Mutange, Bebedouro e região, atendia a 12 mil usuários ao dia.
Na última sexta-feira, uma equipe formada por técnicos da CBTU se reuniu com representantes da Braskem para discutir soluções definitivas para o novo traçado da malha ferroviária da CBTU, interrompida pelo desastre na região do Pinheiro.
O encontro ocorreu na superintendência de Maceió, com a participação do presidente da CBTU, José Marques, e do responsável pela Realocação de Grandes Equipamentos da Braskem, Rafael Garcia e com representantes da engenharia, relações institucionais e jurídico da empresa mineradora, bem como o corpo técnico da CBTU.
O diretor presidente da CBTU cobrou posicionamento da Braskem diante dos prejuízos causados aos milhares de usuários do transporte ferroviário de Maceió, que desde a interrupção do trecho da ferrovia em Bebedouro e Bom Parto, em abril de 2020, passaram a ter como opção a baldeação feita por ônibus aumentando o trajeto em mais de 50 minutos.