Projeto busca apoio do governo para realizar 80 cirurgias de lábio leporino

Profissionais que atuam em projeto para reconstrução da malformação congênita do lábio leporino em crianças estão solicitando apoio para que o governo do estado coopere com a logística e garanta o acesso dos pacientes ao tratamento e cirurgia. O projeto foi retomado e tem 80 vagas para correção do problema, que é de alta incidência no Brasil e em Alagoas.

De acordo com o levantamento do Ministério da Saúde, a fissura labiopalatina atinge um a cada 650 crianças, sendo cerca de 400 mil pessoas no Brasil.

O diagnóstico precoce e a obtenção de informações seguras sobre a malformação ainda é um desafio a ser solucionado. A ausência de tratamento adequado pode levar a sequelas irreversíveis, que afetam a sucção, deglutição, mastigação, respiração, fonação, audição e, principalmente, a harmonia estética da face.

Em Alagoas, o projeto faz atendimento no Hospital Veredas, em Maceió, todas as quintas-feiras pela manhã. Segundo o cirurgião plástico  Lourival César, as famílias que buscam o serviço são carentes e a maioria vive em locais distantes, tendo dificuldades de chegar à capital.

O tratamento para a reabilitação das fissuras labiopalatinas inicia-se com as cirurgias plásticas primárias, realizadas nos primeiros meses ou nos primeiros anos de vida. Porém, o sucesso no tratamento se deve o apoio de todo equipe multidisciplinar que inclui cirurgião plástico, assistente social, fonoaudióloga, ortodontista, odontopediatra, bucomaxilo, fisioterapeuta, otorrino e pediatra.

O médico orienta que os pais de crianças com lábio leporino busquem à secretaria municipal de saúde dos municípios onde moram para um direcionamento ao projeto em Maceió.

A correção completa da malformação não se resume apenas no reparo anatômico. Realizar o acompanhamento com equipe interdisciplinar é essencial para o sucesso da reabilitação.