CASO ABINAEL SALDANHA

Julgamento dos réus no assassinato deve ser concluído na madrugada

Por Tâmara Albuquerque 26/10/2021 - 21:13
Atualização: 26/10/2021 - 21:46
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Caio Loureiro/TJ
Os réus Ericksen Dowell, Deivison Bulhões, Jonathas Barbosa e Jalves Ferreira
Os réus Ericksen Dowell, Deivison Bulhões, Jonathas Barbosa e Jalves Ferreira

O julgamento dos réus Ericksen Dowell da Silva Mendonça, Deivison Bulhões da Rosa Santos, Jonathas Barbosa de Oliveira e Jalves Ferreira da Silva, acusados de envolvimento na morte de Abinael Ramos Saldanha, ocorrida em 2016, deve ser encerrado somente na madrugada desta quarta-feira. O júri popular começou por volta das 10h de hoje, no Fórum da Comarca de Rio Largo, mas até às 21 horas permanecia o debate entre promotoria e defesa.

De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP/AL), o crime ocorreu após a vítima descobrir que Ericksen estava desviando valores da empresa na qual os dois trabalhavam. Abinael teria sido sequestrado ao se deslocar da casa da noiva para sua residência e levado para as proximidades da Usina Santa Clotilde, em Rio Largo, onde foi assassinado a tiros. No momento em que foi questionado no júri, o réu negou esta versão e falou que ele é que teria sido ameaçado por Abinael porque pegou R$ 12 mil emprestados com s vítima e não teria como pagar. No começo do depoimento o réu perdão à família da vítima e anunciou inocência no caso.

Após o homicídio, segundo o MP, os acusados atearam fogo no carro da vítima e furtaram o celular. O corpo de Abinael só foi encontrado sete dias depois do crime. A denúncia aponta Ericksen como o autor intelectual do homicídio. O acusado teria contratado Deivison por R$ 6 mil para cometer o assassinato. Deivison, por sua vez, subcontratou Jalves e Jonathas para que estes pusessem em prática o assassinato da vítima, a ocultação do cadáver, além de incendiar o veículo de Abinael para apagar vestígios.

Ericksen  negou em depoimento a tese da promotoria de que desviou dinheiro da empresa em que ele e Abinael trabalhavam e que planejou o crime porque do amigo porque foi descoberto. "Não estava planejando matar o Abinael. Adquiri uma arma, mas eu não tinha intenção de matar", disse.

"Eu não tinha como pagar a dívida, porque o valor acertado foi R$ 14,400. Em seis meses, ele estava me cobrando R$ 26.400, disse Ericlsen sobre o empréstimo. O réu também respondeu que não teria documentos que comprovem o empréstimo do dinheiro, não denunciou as ameaças de morte à polícia ou sequer contou para a família sobre as cobranças e ameaças de Abinael. O EXTRA acompanha o caso.

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