TRAGÉDIA DA BRASKEM

Defesa Civil diz que afundamento de solo não afetará outros bairros

Coordenador afirma que fenômeno está desacelerando, segundo estudos
Por Tamara Albuquerque 26/11/2021 - 11:06
Atualização: 26/11/2021 - 12:32
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Afrânio Bastos
Bairros abandonado em Maceió em função do risco de desabamento
Bairros abandonado em Maceió em função do risco de desabamento

A tragédia ambiental provocada pela atividade de mineração da Braskem e seus efeitos, como o afundamento do solo, está estabilizada em relação à expansão do fenômeno para outros bairros. A informação foi repassada pelo coordenador-geral da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Nobre, aos integrantes da Comissão de Fiscalização e Controle do Senado. 

Numa audiência virtual realizada na última quarta-feira (24), Nobre garantiu que na "escala horizontal" a movimentação do solo está desacelerando. “O potencial de atingir outros bairros hoje é zero", afirmou.

O técnico esclareceu que a certeza da desaceleração vem de estudos realizados na área. "Do eixo da cavidade de extração de sal até a área que pode ser atingida por uma possível deformação da camada de sal, o raio é de 900 a 1.000 metros" disse.  Segundo ele, essa informação garante que "nenhum outro bairro deverá ser atingido”.

A movimentação do solo afetou os bairros do Pinheiro, Bom Parto, Mutange, Bebedouro e parte do Farol. Cerca de 60 mil pessoas tiveram de abandonar residências e prédios comerciais sob ameaça de desabamento.

O coordenador também explicou ainda que não há equipamentos disponíveis que possam prever sismos. “O que pode se prever é a consequência dele. Se em algum momento for detectado pela nossa rede de monitoramento uma intensidade maior e uma frequência maior, isso quer dizer que o colapso dos tetos dessas cavidades está em direção a superfície”, esclareceu.

Abelardo que não há nenhum novo dado científico e técnico que justifique uma nova atualização do Mapa de Linhas e Ações Prioritárias, mas que isso ocorrerá, se for necessário. O mapa atual que aponta zonas de criticidade para desabamento está em vigor desde dezembro do ano passado.

A audiência foi presidida pelo senador por Alagoas, Rodrigo Cunha, e contou com a participação do deputado federal, também por Alagoas, Pedro Vilela. Membros do Ministério Público Federal, Defensoria Pública da União, representantes de associações e líderes comunitários participaram da audiência.

O afundamento do solo em cinco bairros de Maceió foi o tema de uma audiência pública na Comissão de Fiscalização e Controle do Senado. Os coordenadores do Gabinete de Gestão Integrada para a Adoção de Medidas de Enfrentamento aos Impactos do Afundamento dos Bairros (GGI dos Bairros) e da Defesa Civil Municipal participaram da audiência, que ocorreu na última quarta-feira (24).

Ronnie Mota, o coordenador do GGI dos Bairros, destacou o processo de afundamento do solo continua afetando os bairros de Pinheiro, Bebedouro, Mutange, Bom Parto e parte do Farol e que aproximadamente 60 mil pessoas tiveram que deixar suas casas.


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