JUSTIÇA

Advogados de Collor terão de refutar ex-presidente para tirá-lo da prisão

Defesa alega que ele sofre de várias doenças; ex-senador nega
Por Bruno Fernandes 29/04/2025 - 08:51
Atualização: 29/04/2025 - 10:43
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Reprodução
Fernando Collor em audiência
Fernando Collor em audiência

Advogados de Fernando Collor terão de refutar o próprio cliente e ex-presidente se quiserem tirá-lo da prisão. Em audiência de custódia, na sexta-feira, 25, ele disse não ter comorbidades nem usar remédios, mas a defesa pediu prisão domiciliar alegando doenças graves.

A defesa alega que ele tem 75 anos e sofre de Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar. A Procuradoria-Geral da República contestou o pedido e afirma que a prisão deve ser mantida.

Ontem, 28, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, deu 48 horas para a defesa apresentar documentos sobre o estado de saúde. O pedido será analisado para decidir se Collor pode cumprir pena em casa. Moraes decretou sigilo sobre os documentos.

Collor está preso desde sexta-feira, 24, após condenação a 8 anos e 10 meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele foi sentenciado em maio de 2023 por envolvimento em repasses ilegais de R$ 20 milhões na BR Distribuidora entre 2010 e 2014.

A ordem de prisão foi dada por decisão monocrática de Moraes e o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na noite desta segunda-feira, 28, manter a prisão do ex-presidente.

Votaram pela manutenção da prisão os ministros Flávio Dino, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Dias Toffoli, além de Moraes. Já os ministros André Mendonça, Luiz Fux, Gilmar Mendes e Kassio Nunes Marques acolheram os argumentos da defesa, que apresentou embargos infringentes e contestou a execução imediata da pena de oito anos e dez meses de prisão.


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