DESABASTECIMENTO
Operação Pipa é suspensa em Alagoas e comunidades ficam sem água potável
Ministério alega falta de recursos para manter distribuição e prefeitos buscam alternativas para crise
O Ministério do Desenvolvimento Regional suspendeu a distribuição de água potável para comunidades em vários municípios de Alagoas. A interrupção do abastecimento, através da Operação Pipa, teve como justificativa a falta de recursos.
Em 2020, a média mensal de atendimento do programa foi de cerca de 2 milhões de pessoas em 600 municípios em todo o país. Uma média de 4,2 mil carros-pipa foram contratados por mês. Aproximadamente, 640 municípios do semiárido brasileiro são atendidos pelo programa. A suspensão da operação aconteceu no começo deste mês de novembro.
Nesta manhã, 14, o presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), prefeito Hugo Wanderley e prefeitos se reuniram com representantes da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, da Defesa Civil Estadual e outros órgão para discutir alternativas para manutenção da Operação Pipa.
Hugo Wanderley afirmou durante o encontro que vai solicitar audiência com o Secretário Nacional de Defesa Civil, que também operacionaliza a operação, para discutir o tema, que é uma questão de garantia da sobrevivência. “Existe uma demanda grande pelo acesso de água potável. Apesar de existir água nos açudes, ela não é própria para o consumo humano. Então, estamos buscando uma solução para falta de abastecimento de carro pipa para essas comunidades”, afirmou o presidente.
Participaram da reunião o prefeito de Pão de Açúcar Jorge Dantas e prefeita Jeane Moura. A Operação Pipa é comandada pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), em conjunto com o Ministério da Defesa.