NEGÓCIO BILIONÁRIO
Ministro defende intervenção estatal no setor petroquímico em venda da Braskem
Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem apoiado ativamente a transação
O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu veementemente nesta sexta-feira, 29, a intervenção estatal no setor petroquímico, especialmente em meio ao processo de venda do controle acionário da Braskem, uma gigante global do segmento atualmente controlada pela Novonor (ex-Odebrecht).
Silveira destacou a necessidade de preservar setores estratégicos e enfatizou o papel da Petrobras, sócia minoritária da Braskem com 36,1% do capital total, que possui o direito de preferência na transação.
“Nós valorizamos a indústria local e vemos a importância de os setores estratégicos terem o Estado forte, e um deles, na minha opinião, é o setor petroquímico. Portanto, há de se ter responsabilidade da Petrobras, que tem o direito de preferência no caso da Braskem, nessas negociações”, afirmou Silveira em entrevista depois de participar da posse do novo presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Thiago Prado.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem apoiado ativamente a transação, visando salvar a Novonor e permitir o retorno da Petrobras ao setor petroquímico.
Até o momento, três grupos – Unipar, J&F e Adnoc – apresentaram propostas formais para adquirir a fatia da Novonor na Braskem. A Adnoc, em particular, destaca-se como a favorita da Petrobras. Ambas as empresas estão negociando a criação de uma joint venture que seria a controladora da Braskem.
Silveira, no entanto, ressaltou que a decisão final repousa sobre os ombros da Petrobras, afirmando que o governo brasileiro não deve se eximir de sua responsabilidade no setor petroquímico.
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