Fim da Casal entra no radar do calheirismo

Uma reunião a portas fechadas, longe do público e ordens para que nenhuma informação vazasse daquelas quatro paredes. É este o resultado do encontro realizado na última terça, 3 de outubro, entre a direção da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) e os gestores para discutir a reestruturação e alienação, minoritária ou de controle, do capital social da companhia. Foi um encontro para discutir o fim da estatal. A proposta é radicalizar a privatização da água e do esgoto.

Após os leilões de concessão do saneamento básico, a Casal ainda ficou responsável, como na região metropolitana, pela captação e tratamento da água. Pois bem: a direção quer também repassar esta iniciativa para empresas. O principal atingido é o povo, que deve pagar ainda mais caro por um serviço porcamente executado. Procurada, a companhia admitiu a reunião, sem entrar em detalhes. Prometeu uma nota para explicar o assunto, mas nada foi enviado. A sorte está lançada e no mesmo modelo adotado há alguns anos, antes dos leilões. 

Como lá atrás, a Casal vai contratar uma consultoria milionária indicada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que, como antes, fez um raio X da companhia, para ajustar as operações e preparar a venda dos serviços públicos. Agora será ainda mais radical: vender as ações da companhia (hoje o maior sócio é o Governo), discutir o que vai acontecer com os funcionários e entregar a Casal para a iniciativa privada, semelhante ao que vemos com a Algás, a distribuidora de gás natural do Estado. 

Confira na íntegra, já nas bancas!