Renan Calheiros reforça cobranças à Braskem após novos tremores em Maceió

Maceió foi novamente abalada no início desta semana por tremores de terra na região. Esses tremores são uma consequência do colapso das minas de sal-gema exploradas pela petroquímica Braskem, que conta com a Petrobras como sócia-controladora. A cidade enfrenta essa problemática desde 2018.

Os recentes tremores impulsionam o senador Renan Calheiros (MDB-AL) a intensificar sua pressão para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem.relacionadas_esquerda

O requerimento para a criação da CPI foi lido pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em 24 de outubro. No entanto, a instalação formal da CPI ainda aguarda acertos políticos, pois depende das nomeações dos participantes de cada bancada.

Renan Calheiros afirma: "São mais de 200 mil vítimas de uma exploração mineral irracional e irresponsável que, literalmente, afundou vários bairros em Maceió, está se alastrando para outros bairros e agora o pânico dos abalos sísmicos."

A Braskem, em uma tentativa de deter o movimento do solo que forçou mais de 50 mil pessoas a abandonar suas casas, está realizando uma operação de longo prazo para preencher as minas de sal-gema com areia. No entanto, devido aos recentes tremores de segunda-feira (6/11), a empresa interrompeu temporariamente esses trabalhos.

A empresa alega que os abalos sísmicos ocorreram próximo ao antigo Hospital José Lopes, onde existe "uma rede de monitoramento robusta, uma das mais modernas do país, capaz de detectar movimentos de baixa intensidade em profundidade e superfície." Além disso, a mineradora afirma que os movimentos detectados no solo foram de baixa magnitude e não alteraram a rotina da região.

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