A Globo foi obrigada pela Justiça a manter contrato com a TV Fronteira, afiliada em Presidente Prudente (SP). O caso parece ter sido “inspirado” no modelo da TV Gazeta, de Alagoas, controlada pelo ex-presidente Fernando Collor. 

A decisão liminar da 21ª Câmara do Direito Privado do Rio de Janeiro, assinada pelo desembargador Luiz de Mello Serra, suspendeu o fim do vínculo, previsto inicialmente para 31 de agosto, garantindo sua manutenção por tempo indeterminado.

A Globo alegou que a TV Fronteira favoreceu politicamente o dono do canal, Paulo César de Oliveira Lima, durante as eleições municipais de 2024, da mesma forma que a TV Gazeta teria se envolvido em disputas eleitorais em Alagoas. Lima obteve 37,28% dos votos na disputa pela prefeitura, sendo derrotado no primeiro turno. 

Para a TV Fronteira, perder o contrato comprometeria toda a estrutura operacional, afetando 120 funcionários, cuja manutenção foi assegurada pelo Ministério Público do Trabalho.

O caso remete à disputa da Globo com a TV Gazeta, que também teve seu contrato renovado compulsoriamente por decisão do STJ e do Tribunal de Justiça de Alagoas até janeiro de 2028, apesar de alegações de uso político do canal ligado a Collor.