BAIRROS AFUNDANDO
CPI da Braskem visita bairros afundados pela empresa em Maceió na quarta
Diretor da Braskem admitiu publicamente a culpa pelo afundamento durante CPIMaceió, marcada para a próxima quarta-feira (17), com o objetivo de inspecionar os bairros impactados pelo afundamento do solo. Liderados pelo presidente Omar Aziz (PSD-AM) e pelo relator Rogério Carvalho (PT-SE), os membros da CPI se juntarão ao senador alagoano Rodrigo Cunha (Podemos) e outras autoridades locais.
Durante a tarde do dia 17, os integrantes da CPI participarão de uma série de atividades na capital alagoana, incluindo visitas aos bairros afetados e uma reunião ampliada com representantes do Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, Defensoria Pública do Estado, Defensoria Pública da União e líderes comunitários.
Rodrigo Cunha, responsável pelo requerimento da visita, destacou a importância do evento como um passo crucial na busca por justiça para as vítimas do desastre ambiental.
“Esta vinda é muito importante em nossa luta por justiça. Tanto que vamos nos reunir com autoridades, mas, principalmente, queremos e vamos ouvir a voz das milhares de vítimas deste crime ambiental causado pela ganância da Braskem”, afirmou Cunha, que fez o requerimento da visita.
O relator Rogério Carvalho aproveitou para criticar a postura da empresa e a falta de fiscalização do poder público, salientando que o reconhecimento de culpa por parte da Braskem durante a CPI evidencia a má-fé da empresa em relação a Maceió. Carvalho ainda enfatizou os perigos da autorregulação, citando desastres anteriores em outras regiões do país.
Braskem admite culpa
A Braskem admitiu publicamente nesta quarta-feira, 10, pela primeira vez, a responsabilidade pelo afundamento do solo nos bairros de Bebedouro, Bom Parto, Pinheiro, Mutange e Farol, em Maceió.
A confirmação da culpa foi feita pelo diretor global de Pessoas, Comunicação, Marketing e Relações com a Imprensa da empresa, Marcelo Arantes, à CPI do Senado que investiga a petroquímica.
“A Braskem tem, sim, contribuição e é responsável pelo evento ocorrido em Maceió, isso já ficou claro. Não é à toa que todos os esforços da companhia têm sido colocados para reparar, mitigar, compensar todo dano causado da subsidência na região", disse.
A resposta de Marcelo veio após questionamento do senador Dr. Hiran (PP-RR), que alegou que a empresa sempre evitou reconhecer a responsabilidade sobre o caso: “se a culpa não é da Braskem, essa culpa seria de quem?”.