Vítimas da mineração da Braskem em Maceió ficaram decepcionadas com o cancelamento da visita dos integrantes da CPI da Braskem a Maceió. Os senadores haviam divulgado que desembarcariam na capital nesta quarta-feira, 17, para cumprir agenda de visitação in loco dos bairros afetados e destruídos pelo afundamento do solo gerado pelas minas da petroquímica. Muitos ex-moradores ainda duvidam que a Comissão consiga cumprir o objetivo anunciado, de responsabilização da Braskem pelo desastre - o maior já registrado no país em perímetro urbano - e o consequente pagamento justo de indenizações a quem foi obrigado a abandonar os imóveis.

Sem justificativa mais detalhada, os senadores informaram que a visita foi suspensa por "questões logísticas". Eram esperados em Maceió o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), o relator da comissão, senador Rogério Carvalho (PT-SE) e outros políticos locais. A visita dos senadores foi aprovada em requerimento apresentado pelo senador Rodrigo Cunha (Podemos).

As diligências que deveriam  ser realizadas nesta quarta-feira consistiriam em vistorias às minas e reuniões com órgãos de fiscalização e autoridades locais visando à coleta de informações e documentos
necessários para subsidiar os trabalhos da CPI, suas reuniões e oitivas.

A CPI da Braskem no Senado vai completar dois meses de trabalhos. Segundo a Agência Senado, a comissão aprovou a convocação de novos depoentes e a realização de uma acareação entre o ex-diretor do Serviço Geológico do Brasil Thales Sampaio e o presidente da Braskem, Roberto Bischoff, para depois da oitiva dele no colegiado.

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