De 2000 a 2022, Alagoas registrou 2.555 casos de hepatite B e 1.275 de hepatite C. Segundo o Ministério da Saúde, as hepatites virais, especialmente dos tipos B e C, foram responsáveis por mais de 83 mil mortes no Brasil no mesmo período. 

Ainda de acordo com o levantamento do Ministério, a maior parte dos casos está concentrada nas regiões Sul e Sudeste. 

São Paulo é a Unidade da Federação com o maior número de registros: de 2000 a 2022, foram notificados 58,6 mil casos do tipo B e 133,6 mil da C.

A hepatite B foi incluída no Programa Brasil Saudável do Governo Federal, que visa a eliminação ou redução da carga de transmissão e mortalidade de várias doenças. 

Artur Olhovetchi Kalichman, coordenador-geral de Vigilância do HIV/AIDS e das Hepatites Virais no Ministério da Saúde, alerta para os riscos graves associados a essas doenças, incluindo câncer e cirrose. 

A testagem é fundamental, pois muitos pacientes podem ser assintomáticos por anos. Os testes rápidos estão disponíveis na rede pública de saúde, como nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e centros de saúde.

Enquanto a hepatite B pode ser prevenida por meio da vacinação, a hepatite C, responsável por 76,1% dos casos de hepatite viral no Brasil, ainda não possui vacina. No entanto, há tratamentos eficazes disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com altas taxas de cura.