Agricultores familiares Sem Terra voltaram a ocupar a superintendência regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária de Alagoas (SR22-AL), no Centro de Maceió, na quarta-feira, 5.

A manifestação defende a Reforma Agrária e se opõe ao desmonte do órgão, considerado essencial para a distribuição de terras e a produção de alimentos.

Os movimentos sociais alegam que o órgão está sob controle de grupos políticos contrários à Reforma Agrária, causando paralisação das demandas. A troca de César Lira por Júnior Rodrigues, ambos ligados ao deputado Arthur Lira, é vista como manutenção de uma gestão desfavorável à causa.

Durante a gestão de Júnior Rodrigues, não houve avanços nas demandas por assentamentos e acampamentos. Pelo contrário, os movimentos sociais apontam para a colocação de obstáculos ao progresso da Reforma Agrária no estado, frustrando expectativas dos agricultores.

A exoneração do antigo superintendente, ocorrida em 16 de abril após pressão dos movimentos sociais, resultou na escolha de Júnior Rodrigues pelo deputado Arthur Lira, uma decisão do governo federal visando a governabilidade.

A manifestação conta com a participação de cerca de 300 camponeses, organizada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), Frente Nacional de Luta (FNL) e Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST).