CUIDADO

Cigarros eletrônicos são uma ameaça à saúde pública, alerta pneumologista

Médico explica os perigos dos vapes e as suas consequências maléficas ao bem-estar dos usuários
Por Assessoria 29/08/2024 - 13:38

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Agência Brasil
Cigarro eletrônico sendo utilizado
Cigarro eletrônico sendo utilizado

Os cigarros eletrônicos são uma ameaça à saúde pública. Eles são a tentativa de glamourizar o tabagismo, que, anualmente, é o motivo de óbito de mais de 8 milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Desse modo, o pneumologista do Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, Luiz Cláudio Bastos, destaca, nesta quinta-feira (29), Dia Nacional de Combate ao Fumo, que a prioridade deve ser a valorização da vida, com a adoção de hábitos saudáveis.

A insuficiente fiscalização combativa no Brasil permite que as pessoas tenham acesso ao produto, ainda que sua comercialização seja proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

De acordo com o instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (IPEC), essa lacuna já proporcionou o aumento no número de usuários dos vapes (tipos de cigarros eletrônicos), que de 500 mil em 2018 saltou para 2,2 milhões em 2022.

“A clandestinidade tem permitido o acesso de adolescentes, embalados pela ilusão de que o uso gera uma imagem de uma pessoa descolada, moderna, popular. Isso se deve às inúmeras versões que oferecem diferentes cheiros e possibilidades tecnológicas. Recursos que mascaram as centenas de substâncias tóxicas e cancerígenas presentes nos mais variados refis que também são vendidos pela Internet”, alertou o médico do HGE.

A OMS estima que a indústria do tabaco é responsável por 12% dos óbitos no mundo e está relacionada a mais de 60 tipos de doenças. A nicotina, que se apresenta sob a forma líquida, tem forte poder aditivo, ao lado de solventes (propileno glicol ou glicerol), água, flavorizantes (cerca de 16 mil tipos), aromatizantes e substâncias destinadas a produzir um vapor mais suave, para facilitar a tragada e a absorção pelo trato respiratório.

Conforme nota oficial divulgada no último dia 19 pela Associação Médica Brasileira (AMB), juntamente com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) e entidades signatárias, o uso de cigarros eletrônicos tem sido ainda relacionado a problemas respiratórios como asma. Ele também contribui para o aumento da rigidez arterial, caracterizando-se assim como um risco cardíaco similar ao do uso diário de cigarros convencionais.

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