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Prefeito preso por estuprar criança em SP teria se passado por policial
O caso do prefeito de Bariri (SP), Paulo Henrique Barros de Araújo (PSDB), que foi preso após estuprar uma criança de 8 anos, ganhou mais um capítulo neste domingo, 22. O suspeito, detido nesse sábado, 21, no Vale do Igapó, em Bauru, no interior do estado, fingiu ser um policial para convencer a vítima a entrar no carro dele. A informação foi confirmada pela irmã da menina, Josiele da Silva.
Apesar de ter confessado o crime, no dia da prisão, a versão contada por ele foi outra, durante audiência de custódia. O político, que permanecerá preso até o término das investigações, negou todas as acusações. Procurado pelo G1, o advogado de defesa do prefeito, Humberto Pastrello, não comentou sobre o ocorrido.
Para convencer a garota, Paulo disse que um ladrão estava no bairro e que por segurança era melhor ela entrar no veículo. "As vizinhas viram. Diz que ela parou, começou a gesticular e conversar. Nisso ele desceu, pegou a criança e colocou no carro. Travou com o vidro escuro e foi embora a milhão", afirmou Luana Garcia, prima da criança, em entrevista à TV TEM.
Um casal que passava pelo local onde a criança foi deixada disse que a menina estava chorando. Ao questionar se ela estava bem, perceberam que a vítima precisava de ajuda. "Chacoalhando a cabeça [ela] disse que não. Então, nós perguntamos o que havia acontecido e ela disse que um homem havia a levado para o mato. Isso foi o suficiente para colocarmos ela no carro. Queríamos tranquilizá-la porque vimos que estava bem transtornada e perdida."
A polícia afirmou que o suspeito foi encontrado sem camisa e aparentava estar alterado. A equipe da PM relatou ter tido dificuldade para conter o político. "Desobedeceu ordem de parada dos policiais, resistiu, entrou em luta corporal ali na hora para não ser algemado. Posteriormente fizemos a conexão dos fatos e ele mostrou onde estava o veículo escondido", disse o tenente Michel Pietro.
O prefeito foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória de Bauru (CDP), no entanto, a qualquer momento, pode ser transferido para outra unidade pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). As investigações podem ficar a cargo do Tribunal de Justiça de São Paulo, já que Paulo tem foro especial.