ECONOMIA

Pedidos de auxílio-desemprego crescem em março e abril

Por Com Reuters 28/04/2020 - 14:32
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Divulgação
Carteira de trabalho
Carteira de trabalho

Dados divulgados pelo Ministério da Economia nesta terça-feira mostram que os pedidos de seguro-desemprego no país aumentaram 11,1% em março em relação a fevereiro e tiveram novo salto de 13,8% na primeira quinzena de abril sobre o mesmo período de março, em meio às dificuldades econômicas criadas pela pandemia do Covid-19.

O aumento da demanda pelo seguro é na prática maior porque, diante do fechamento dos postos de atendimento presencial aos desempregados por causa das medidas de isolamento social, o governo estima que houve um represamento de até 200 mil pedidos no período.


Ainda assim, o secretário especial de Previdência e Emprego, Bruno Bianco, destacou em entrevista coletiva que, no acumulado do ano, os números por ora mostram queda dos pedidos de seguro frente a 2019, de 8,7% até a primeira quinzena de abril.

“Estamos conseguindo fazer com os que os empregos sejam preservados”, afirmou Bianco, ponderando que o crescimento da demanda pelo auxílio-desemprego não seria elevado considerando a dimensão da crise econômica gerada pelo coronavírus em todo o mundo.

Considerando na conta também os pedidos de seguro-desemprego represados, contudo, a estimativa do governo é que os requerimentos ficarão cerca de 150 mil acima de 2019 no período de março e primeira quinzena de abril.

“É claro que é um momento difícil, a economia toda do Brasil vai sofrer, é natural que haja uma perda ainda considerável de empregos nos próximos meses”, disse o secretário de Trabalho, Bruno Dalcolmo, acrescentando que iniciativas tomadas pelo governo estão oferecendo um “colchão de amortecimento” à população em dificuldades.

Segundo Dalcolmo, mais de 4 milhões de trabalhadores já solicitaram o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEM), a ser pago pelo governo como complementação parcial da renda a empregados formais no caso de redução de salário e jornada de trabalho ou de suspensão de contratos trabalhistas.

“A expectativa é que haja uma perda aí em torno de 15%, mas lembrando, esses trabalhadores não estarão trabalhando ou estarão com sua jornada reduzida”, disse.

Sobre os dados do Caged, que poderão indicar com mais clareza o impacto da crise da pandemia sobre o emprego formal no país, Dalcolmo disse que o governo está mobilizado para sanar os problemas que levaram à suspensão da divulgação dos números do cadastro este ano.

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