André Dusek/ Agência Estado
Instituição informou que 450 milhões de unidades da nova nota devem entrar em circulação no fim de agosto
O Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou na tarde desta quarta-feira, 29, que aprovou o lançamento da cédula de R$ 200, que terá como personagem o lobo-guará.
A nova nota deverá entrar em circulação a partir do final de agosto. A previsão é que sejam impressas 450 milhões de cédulas de R$ 200,00 em 2020.
A diretora de administração do Banco Central, Carolina de Assis Barros, concedeu entrevista coletiva, por meio do canal do Banco Central no YouTube para dar mais detalhes sobre a novidade.
Segundo Carolina, em momentos de crise, existe uma tendência de entesouramento de recursos, o que significa que as pessoas guardam mais dinheiro em espécie.
“A gente percebeu três motivos principais para o aumento do entesouramento: pessoas e empresas fizeram saques para formação de reservas; no comércio, de forma geral, houve uma diminuição das compras após o início das medidas de isolamento; e os beneficiários do auxílio emergencial não retornaram dinheiro ao sistema bancário com a velocidade que a gente esperava”, explicou a diretora de administração do BC.
De acordo com os dados do BC, a quantidade de papel-moeda em poder do público subiu 28,24% durante a pandemia, passando de R$ 216 bilhões em março para R$ 277 bilhões em julho. O valor representa todo o dinheiro em espécie que circula pelo país, excluindo o dinheiro mantido no caixa dos bancos para eventuais saques de clientes.
“As pessoas tendem a acumular reservas dinheiro em tempos de incerteza. Nós vemos aumentos expressivos de impressão de moedas em casas impressoras e cunhadoras aqui e no mundo todo em períodos como esse”, diz Carolina.
Questionada se a criação de uma nova nota não vai contra o movimento de modernização dos meios de pagamento no país e o lançamento do PIX, a diretora do BC disse que a autoridade está apenas atendendo a uma demanda da população. Ela também afirmou que não existe relação entre a nova nota de R$ 200 e um eventual aumento da inflação.
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