Assessoria
Conab estima 1,8 milhão de toneladas de açúcar produzidas em Alagoas na safra 2020/21
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou o segundo levantamento da safra 2020/2021 sobre a lavoura sucroalcooleira, que tem caráter censitário, uma vez que o órgão levanta os dados em todas as unidades produtivas do país. A projeção da companhia para a região Nordeste indica incremento na área de produção quando comparada à safra anterior. Quase todos os estados produtores da região sinalizaram aumento em suas áreas colhidas, fazendo com que a estimativa regional chegasse a 857,6 mil hectares, sendo 1,6% superior a 2019/20, aponta o órgão.
Em Alagoas, o início das operações de moagem foi no mês passado para algumas usinas, como a Usina Pindorama, e deve ser encerrado em outubro, mas as unidades produtivas estão planejando suas estratégias considerando as oscilações de mercado e os possíveis impactos econômicos causados pela pandemia do coronavirus.
As indicações, segundo a Conab, são de incremento na área em produção, passando de 292 mil hectares em 2019/20 para 300,8 mil hectares na atual temporada no estado. “As condições climáticas registradas favoreceram o desenvolvimento da cultura, algo que agrega ainda mais na perspectiva de aumento de produção, que deve passar dos 18,4 milhões de toneladas. Quanto à destinação da cana-de-açúcar colhida, o setor ainda aponta maior direcionamento à fabricação de açúcar em relação ao etanol, podendo gerar mais de 1,8 milhão de toneladas do primeiro subproduto, além de 312,9 milhões de litros do biocombustível” avalia a Conab.
Açúcar
Os estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Paraná e Alagoas permanecem como os maiores produtores nacionais de açúcar, segundo levantamento da Conab. Em nível nacional, a estimativa aponta para produção de 39,3 milhões de toneladas de açúcar, contra 29,8 milhões, representando incremento de 32% em relação à safra anterior. O aumento na produção de açúcar é resultado do bom desempenho observado tanto na Região Norte/Nordeste quanto no Região Centro-Sul.
Enquanto na Região Norte/ Nordeste deverá ser destinado uma maior quantidade de ATR para a produção de açúcar em relação ao etanol, atingindo 52,8%, na Região Centro-Sul, a relação será invertida, com a produção de açúcar totalizando 45,8%. Nesta safra, a Região Centro-Sul deverá ser responsável por 90,6% do total de açúcar produzido e a Norte/Nordeste pelo restante, 9,4%.
São Paulo deverá produzir quase 23,8 milhões de toneladas de açúcar, com um aumento de 28,9% em relação ao exercício anterior, Minas Gerais 4,7 milhões de toneladas, incremento de 47,8%, Goiás 2,7 milhões de toneladas, com acréscimo de 53,6%, Paraná 2,6 milhões de toneladas, com incremento de 18%, e Alagoas, 1,8 milhão de toneladas, apresentando incremento de 30,4% em relação ao exercício passado.
“Nesta temporada, para reduzir os impactos da crise que atinge o mercado de biocombustíveis, representado pela queda nos preços e volume comercializado, está prevista uma aposta no aumento da produção de açúcar, tentando intensificar as vendas dessa commodity no mercado internacional. Com efeito, as exportações brasileiras de açúcar aumentaram 91,5% em julho, em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo 3,487 milhões de toneladas, e se aproximaram do nível recorde de embarques mensais. Até o momento, o maior volume já embarcado pelo país foi de 3,5 milhões de toneladas, conforme dados oficiais divulgados”.
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