INVESTIGAÇÕES
Preso em operação afirma saber quem mandou matar Marielle
Ailton Barros foi preso na operação que mira um esquema de falsificação de cartões de vacinação
Um dos presos nesta quarta-feira (3) pela Polícia Federal na Operação Venire, Ailton Barros afirma saber quem foi o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol), morta em 2018. Barros foi preso na operação que mira um grupo criminoso responsável por falsificar dados de vacinação contra a Covid-19. A mesma operação atingiu Jair Bolsonaro (PL), alvo de buscas e apreensões, seus auxiliares e o ex-vereador Marcelo Siciliano, citado durante as investigações da execução de Marielle como um dos mandantes do crime.
O ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros, preso na manhã desta quarta-feira (3/5) pela Polícia Federal, concorreu pelo PL a uma vaga como deputado estadual no Rio de Janeiro em 2022. Ele se apresentava como “01 do Bolsonaro” na campanha.
Eleito suplente, Barros tem diversas fotos em rede social ao lado do ex-presidente. Ele foi oficial da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), mas seguia carreira civil nos últimos anos. Em 2020, foi candidato a vereador pelo PRTB.
Em março de 2022, Barros foi exonerado de um cargo de assessor que ocupava na Casa Civil do governo do Rio de Janeiro.
Barros foi preso por suspeita de participação na adulteração de vacinas de Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e Mauro Cid Barbosa. O esquema de registros falsos envolvia postos de saúde no município de Duque de Caixas (RJ).