ECONOMIA

Unipar garante até R$ 10 bi para financiar compra da Braskem, diz site

Proposta feita à Novonor vence em 10 dias e companhia não deve renová-la
Por Redação 30/06/2023 - 19:00
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Reprodução / RIMA
Braskem não poderá construir em áreas demolidas
Braskem não poderá construir em áreas demolidas

A Unipar já tem até R$ 10 bilhões em cartas de intenção do Itaú BBA e do Citi para financiar sua oferta de compra da Braskem. Em reunião com os bancos nesta sexta-feira, 30, a companhia recebeu propostas que cobririam até a totalidade do valor que se dispõe a pagar pela ações de controle da petroquímica. A informação é do site O Valor. 

Com o Itaú BBA, a proposta prevê emissão de até R$ 5 bilhões em debêntures pela companhia, com garantia firme de colocação considerando-se um valor de “final hold” do banco de R$ 2,5 bilhões, e possibilidade de volume adicional de garantia firme a ser discutida. O Citi, por sua vez, se dispôs a conceder financiamento de até R$ 5 bilhões, aponta o site.relacionadas_esquerda

A Unipar não deve renovar a proposta de compra da Braskem que levou à Novonor, controladora da petroquímica. A proposta é de participação de 34,4%, ao preço de R$ 36,50 por ação e vence em 10. A antiga Odebrecht permaneceria com uma fatia minoritária, de 4%, na petroquímica.

A Novonor também recebeu uma proposta da Apollo e da Empresa Nacional de Petróleo de Abu Dhabi (Adnoc), que oferecem R$ 47 por ação da Braskem e têm intenção de ficar com 100% da petroquímica brasileira. A interlocutores, tanto Unipar quanto Apollo e Adnoc teriam indicado que não pretendem aumentar o preço oferecido e não vão entrar em um “leilão” pela petroquímica.

A família Odebrecht, proprietária da Novonor, empresa detentora de 50,1% das ações da Braskem, deseja permanecer no negócio como acionista minoritária. Por essa razão, é contrária à oferta feita pela estatal árabe Adnoc e pelo fundo Apollo, que pretendem adquirir toda a empresa.

A J&F aparece como a terceira interessada na Braskem. A holding dos Batista tem conversado com os bancos credores da antiga Odebrecht, que têm as ações de controle da petroquímica como garantia a dívidas tomadas pela Novonor, mas ainda não colocou uma proposta formal na mesa.

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