São Paulo

Justiça torna Renato Cariani réu por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro

Influenciador e mais quatro pessoas foram investigados por desviar insumos farmacêuticos para a produção de drogas
Por Redação 16/02/2024 - 19:40
Atualização: 16/02/2024 - 21:43
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Reproduçaõ/SBT
O influencer, empresário e fisiculturista Renato Cariani
O influencer, empresário e fisiculturista Renato Cariani

A justiça de Diadema, no ABC Paulista, acatou a denúncia do Ministério Público de São Paulo, tornando réu o influenciador fitness Renato Cariani por suspeita de envolvimento em tráfico de drogas. Junto a ele, Roseli Dorth, Fabio Spinola Mota, Andreia Domingues Ferreira e Rodrigo Gomes Pereira também enfrentam acusações semelhantes. Os cinco réus devem entregar os passaportes em 24 horas e estão proibidos de sair do país.

A Polícia Federal acusa Cariani de utilizar uma empresa para emitir notas fiscais falsas de vendas de produtos para grandes empresas farmacêuticas. Porém, ao invés de os insumos serem enviados para essas empresas, eles eram desviados para a produção de cocaína e crack. Essas drogas, segundo a investigação, abasteciam uma rede internacional de tráfico controlada por facções criminosas, incluindo o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Segundo o MP, os réus, "pelo menos sessenta vezes, produziram, venderam e forneceram, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, mais de doze toneladas de produtos químicos destinados à preparação de drogas".

Investigação


A investigação começou em 2022, quando uma empresa farmacêutica multinacional alertou a PF sobre notas fiscais emitidas em seu nome, com pagamento em dinheiro não declarado, notificadas pela Receita Federal. A empresa negou ter adquirido os produtos, conhecido os fornecedores ou feito os depósitos.

A PF investigou e descobriu que entre 2014 e 2021 o grupo emitiu notas fiscais fraudulentas em nome de três grandes empresas: AstraZeneca, LBS e Cloroquímica. A PF pediu a prisão dos envolvidos, com apoio do Ministério Público, mas a Justiça negou.


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