LUTO

Corpo de Juliana Marins chega ao Brasil e passará por nova autópsia

Brasileira morreu em trilha na Indonésia; família contesta versão oficial da morte
Por Redação 01/07/2025 - 18:15
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Redes Sociais/Reprodução
Juliana Marins morreu durante trilha em vulcão na Indonésia; corpo será sepultado em Niterói
Juliana Marins morreu durante trilha em vulcão na Indonésia; corpo será sepultado em Niterói

O corpo da brasileira Juliana Marins, que morreu durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, chegou ao Brasil na tarde desta terça-feira, 1º de julho. O voo da Emirates Airlines pousou por volta das 17h no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

Em seguida, a Força Aérea Brasileira (FAB) realizou o translado da urna funerária até a Base Aérea do Galeão (BAGL), no Rio de Janeiro, com pouso previsto para as 18h30.

A jovem será sepultada em Niterói (RJ), sua cidade natal, mas antes passará por uma nova autópsia no Instituto Médico Legal (IML). O procedimento, solicitado pela família, foi determinado pela Justiça Federal com apoio da Defensoria Pública da União (DPU) e deve ocorrer em até seis horas após o desembarque. O objetivo é esclarecer a causa e o momento exato da morte de Juliana, segundo a defensora Taísa Bittencourt Leal Queiroz.

A primeira autópsia, realizada na quinta-feira, 26, em um hospital de Bali, apontou múltiplas fraturas e lesões internas, além de um tempo de sobrevida de cerca de 20 minutos após o trauma. Entretanto, o relatório foi divulgado em coletiva de imprensa antes de ser entregue à família, o que gerou revolta entre os parentes.

O caso ganhou repercussão após relatos de falhas no resgate e dificuldades no translado do corpo. No domingo, 29, a irmã da vítima, Mariana Marins, denunciou atrasos e falta de apoio da companhia aérea Emirates, além da insegurança quanto ao estado do corpo diante do tempo limitado de validade do embalsamamento.

No sábado, 28, o governador da província de Sonda Ocidental, Lalu Muhamad Iqbal, publicou um vídeo se manifestando sobre a tragédia. Ele admitiu a falta de estrutura da região para operações de resgate em trilhas de alto risco, como as do Monte Rinjani, e se comprometeu a revisar os protocolos de segurança.

Segundo Iqbal, a equipe local enfrentou dificuldades com chuvas intensas, neblina e riscos de areia nos motores dos helicópteros. Ele reconheceu que o número de profissionais certificados para resgate vertical é insuficiente e que o parque ainda carece de equipamentos adequados.

Juliana Marins caiu de um penhasco durante a trilha e, segundo os laudos indonésios, foi vista em três níveis diferentes da montanha antes de ser resgatada sem vida. A família aguarda agora a nova autópsia no Brasil para seguir com as investigações sobre o que realmente aconteceu.


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