Famílias das vítimas e Chapecoense selam protocolo de intenções

Fabienne Belle e Mara Paiva, presidente e vice-presidente, respectivamente, da AFAV-C (Associação dos Familiares das Vítimas do Voo da Chapecoense) foram a Chapecó nessa quarta-feira sacramentar uma importante conquista para as tantas famílias que perderam seus entes no trágico acidente de 29 de novembro de 2016. Junto ao presidente do clube catarinense, Plínio David de Nes Filho, a AFAV-C assinou um protocolo de intenções.

A partir de agora qualquer pessoa precisará do consentimento tanto do clube quanto da Associação para efetuar qualquer ação que envolva direta ou indiretamente as vítimas do acidente. Isso faz com que a arrecadação de verbas fique concentrada e traz segurança contra golpes.

Famílias pressionam e Chape embarga documentário sobre tragédia 

"Meu marido não queria viajar" 

"Tudo que é possível a Chapecoense fez"

Além disso, depois da polêmica envolvendo um documentário que seria lançado em novembro sem que os familiares das vítimas soubessem o que estava sendo gravado e por quem, agora toda e qualquer obra audiovisual ou escrita terá de passar pelo crivo não só da Chape, como também da AFAV-C para ter permissão de divulgação.

"Para nós da AFAV-C trata-se de um marco, uma grande conquista", comentou Fabienne Belle, viúva de Cezinha, ex-membro da comissão técnica da Chapecoense. "Aos poucos, estamos fazendo as famílias serem ouvidas e o que queremos nada mais é do que justiça", explicou. "Este protocolo vem ao encontro do pleito das famílias. Com isso, preserva-se a imagem coletiva das vítimas e dos familiares envolvidos", concluiu.