JUSTIÇA
Grupo acusado de matar auditor fiscal em Maceió vai a júri popular
Crime aconteceu em 2022, quando a vítima realizava uma inspeção em um depósito de bebidasOs acusados de matar o auditor fiscal da receita estadual João de Assis Pinto Neto em 2022 vão a júri popular no próximo dia 31 de outubro, a partir das 8h, no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no Barro Duro, em Maceió.
O crime aconteceu em agosto de 2022. Durante uma inspeção em um depósito de bebidas localizado no Tabuleiro dos Martins, Assis teria se desentendido com os réus João Marcos Gomes Araújo e Ronaldo Gomes de Araújo, que são irmãos. O estabelecimento era investigado por compra e venda de mercadoria roubada.
Em depoimento à polícia, Ronaldo confessou que matou João Assis com uma faca e que o apedrejou. O corpo do auditor foi encontrado em um canavial no Benedito Bentes. Em laudo, o Instituto Médico Legal (IML) atestou que a vítima teve 95% do corpo carbonizado após morrer por traumatismo craniano.
A defesa dos irmãos alega que o crime aconteceu após tentativa de extorsão por parte do servidor público. Entidades do Fisco Alagoano divulgaram uma nota repudiando as acusações contra Assis. "Uma mentira deslavada. Em 20 anos de atividade, jamais foi processado ou penalizado por atos que atentem contra o exercício regular de suas funções".
Além dos irmãos João Marcos e Ronaldo Gomes, donos do mercadinho onde o auditor foi assassinado, a mãe deles, Selma, também foi presa suspeita de alterar a cena do crime.
Ronaldo Gomes de Araújo, Ricardo Gomes de Araújo, Vinícius Ricardo de Araújo da Silva e João Marcos de Araújo foram indiciados por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. Já Maria Selma Gomes Meira será julgada por ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor.