caso Queiroz
Flávio Bolsonaro repassou R$ 500 mil a advogado investigado, diz jornal

A pedido do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), o diretório nacional do PSL, partido ao qual pertenceu até novembro de 2019, contratou em fevereiro daquele ano o escritório de advocacia de um ex-assessor que hoje tem o nome envolvido no suposto vazamento de informações da Polícia Federal.
As informações são do jornal Folha de S.Paulo, que no domingo, 17, publicou uma entrevista na qual o empresário Paulo Marinho, ex-aliado da família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou que o senador teve acesso antecipado a detalhes da operação Furna da Onça, que teve como um dos alvos o ex-policial militar Fabrício Queiroz, que também trabalhou no gabinete do parlamentar.
Segundo a reportagem, foram 13 meses e meio de contrato com o escritório do advogado Victor Granado Alves (Granado Advogados Associados), com custo de pelo menos R$ 500 mil aos cofres públicos. Os recursos são oriundos do fundo partidário e foram alocados sob a justificativa de prestação de serviços jurídicos ao diretório estadual do Rio de Janeiro, comandado por Flávio Bolsonaro a partir de fevereiro do ano passado.
Victor Granado Alves trabalhou como assessor de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e foi citado por Paulo Marinho como um dos funcionários do senador que teriam recebido de um delegado da PF a informação da operação.
Conforme o empresário, o delegado-informante teria aconselhado ainda Flávio a demitir Queiroz e a filha dele, Natália, que trabalhava no gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro. Ambos foram exonerados em 15 de outubro de 2018, antes da deflagração da operação.
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