DECISÃO

Senado aprova indicados do governo Lula para a diretorias do Banco Central

Gabriel Galípolo e Ailton Aquino foram sabatinados em meio às críticas do governo ao BC por causa da Selic
Por Redação 04/07/2023 - 19:55
Atualização: 04/07/2023 - 19:46
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Pedro França/Agência Senado
Ailton de Aquino Santos e Gabriel Galípolo, aprovados ao Banco Central
Ailton de Aquino Santos e Gabriel Galípolo, aprovados ao Banco Central

O Senado aprovou nesta terça-feira, 4, dois indicados do governo Lula para diretorias do Banco Central pelos próximos quatro anos. Por 39 votos a 12, o economista Gabriel Galípolo, exercerá o cargo de diretor de Política Monetária. Houve uma abstenção. Por 42 a 10, o auditor-chefe Ailton Aquino será o novo diretor de Fiscalização do órgão. Houve uma abstenção.

As análises das indicações ocorreram em meio a fortes críticas de Lula e integrantes do governo ao presidente da instituição, o economista Roberto Campos Neto, e à taxa básica de juros, a Selic, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do BC. No entendimento do governo, a Selic no patamar atual, de 13,75% ao ano, inibe investimentos e prejudica o crescimento da economia. Um corte na Selic é esperado em agosto.

Quem são os indicados

Gabriel Galípolo é formado em ciências econômicas e até, então, exercia a função de secretário-executivo do Ministério da Fazenda. Isto é, Galípolo era o "número dois" na hierarquia do ministério, atuando como "braço-direito" do ministro Fernando Haddad. Ailton, por sua vez, é servidor do próprio Banco Central há mais de duas décadas. Ele é cotado para para substituir Roberto Campos Neto, cujo mandato do atual presidente do BC termina no fim de 2024.

Natural de Jequié (BA), Ailton Aquino dos Santos pode ser o primeiro negro a ocupar uma diretoria do Banco Central. O banco foi fundado em 1964, há 58 anos. Santos trabalha no BC há 25 anos, onde é auditor chefe. Ele se formou em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual da Bahia (Uneb) e em Direito pelo Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), em Brasília. Além disso, o auditor tem outras três especializações em direito público, engenharia econômica de negócios e contabilidade internacional.

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