PROGRAMA HABITACIONAL

Lula mira Alagoas para garantir eleição de aliados em 2026; entenda

Governo federal destinará 30,7% das novas unidades habitacionais do MCMV para o estado
Por Bruno Fernandes 25/10/2024 - 18:33

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Reprodução/Instagram/Paulão
Paulão e o presidente Lula
Paulão e o presidente Lula

O governo federal destinará 30,7% das novas unidades habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida para Alagoas, com a aprovação de 1.246 moradias. O anúncio ocorre em um momento estratégico, com Paulão, um dos principais nomes do PT no estado, avaliando se tentará uma vaga no Senado ou na Câmara Federal em 2026. Essa movimentação é vista como uma estratégia para garantir a eleição de aliados e reforçar a presença do partido na política local.

Nas últimas semanas, Paulão tem realizado visitas a diversos municípios alagoanos para pavimentar sua candidatura e avaliar os cenários políticos. Ele esteve em Rio Largo, onde pode enfrentar uma disputa pela vaga com a deputada estadual Gabi Gonçalves, caso a filha de GG decida alçar voos maiores.

Essa possibilidade levanta dúvidas sobre a viabilidade de Paulão tentar o Senado, especialmente ao se confrontar com figuras fortes como Arthur Lira (PP) e Renan Calheiros (MDB). Com isso, ele pode considerar a opção de permanecer como deputado federal, onde já possui uma base consolidada.

A portaria foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) na quinta-feira, 24, e prevê um investimento total de R$ 612,6 milhões, que beneficiará mais de 16 mil pessoas em 21 municípios de Alagoas. O programa prevê que as novas moradias atendam às necessidades da população local, oferecendo um mínimo de 40 m² para casas térreas e, para apartamentos, a partir de 41,5 m², incluindo varanda.

Ao todo, Alagoas receberá mais novos lares do que sete estados juntos, incluindo Bahia (224), Pernambuco (336), Maranhão (400), e ainda se sobressaindo em relação à Região Norte, que contará com 988 unidades, e o Sul e Sudeste, que terão 213.

Até julho, o governo já contratou 900 mil moradias, com investimentos que somam R$ 160 bilhões, refletindo o compromisso federal com a habitação popular. As novas unidades habitacionais devem ser construídas em áreas urbanas consolidadas ou em expansão, garantindo acesso a serviços essenciais como rede elétrica, saneamento, educação, saúde, comércio e transporte público coletivo.

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