Engenheira é morta em casa; suspeita é de que foi latrocínio

Por Agência Estado 19/09/2024 - 13:54

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A engenheira civil Eliane Toniolo, de 63 anos, foi morta a tiros na madrugada de ontem, dentro de sua casa na Alameda dos Jurupis, no Campo Belo, zona sul de São Paulo. A vítima estava armada.

Segundo o delegado Eduardo Luis Ferreira, do 27° Distrito Policial (Campo Belo), a investigação aponta para o envolvimento de quatro suspeitos no caso, que foi registrado como latrocínio (roubo seguido de morte). A ação indica que o roubo foi planejado ou que os suspeitos tinham informações sobre a casa, como o fato de duas mulheres estarem sozinhas, de as proprietárias terem acabado de vender o imóvel e estarem de mudança.

‘INFORMAÇÃO PRIVILEGIADA’

"Invadir uma casa de madrugada é uma logística complexa até para o ladrão", diz o delegado. "A gente supõe que os criminosos tinham conhecimento prévio sobre a situação. Um mínimo de estudo, algum levantamento prévio, presume-se que eles tinham. Tudo aponta para alguma informação privilegiada."

Policiais militares foram até o local por volta das 4h30 de ontem para atender a ocorrência, quando localizaram a vítima já sem vida. Os PMs encontraram o portão da garagem "estourado", de acordo com o boletim de ocorrência. A porta de entrada da casa também foi arrombada.

Ainda conforme o delegado Ferreira, os suspeitos agiram em dois carros: uma Fiorino branca clonada e um Uno de cor escura. Os dois veículos foram flagrados pelas câmeras de monitoramento do bairro. "Hoje estamos trabalhando com várias situações hipotéticas. A mais provável é que tenha sido um latrocínio, mas nenhuma está descartada", afirmou o delegado.

Segundo a polícia, a filha da vítima, de 28 anos, foi localizada no imóvel, trancada dentro de um cômodo. A filha disse aos policiais que ela e a mãe ouviram um barulho durante a madrugada. A mãe pegou uma arma da família, guardada em um cofre, para se defender. Ao se deparar com os assaltantes, ela foi baleada por um deles.

As duas eram as únicas moradoras do imóvel. Elas estavam de mudança e havia muitos objetos encaixotados e dentro de malas. A filha relatou à polícia que "algumas pessoas compareceram ao local recentemente a fim de buscar objetos" vendidos por elas.

O delegado Ferreira nega que haja indícios da existência de uma quadrilha especializada para esse tipo de crime na região. Ele afirma que o latrocínio cometido ontem foi "pontual" e não há uma atividade criminosa sistêmica no bairro ou a presença de um grupo organizado que atua com o propósito de invadir casas para cometer assaltos.


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