Marginal Pinheiros: concluída 1ª fase de revitalização de usina

Por Agência Estado 19/09/2024 - 13:54

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O governo de São Paulo inaugurou na terça-feira, 17, a primeira fase do projeto de revitalização da Usina São Paulo, na Marginal do Pinheiros, zona sul da capital paulista. As obras são parte do programa de revitalização do Rio Pinheiros e incluem um novo sistema viário, com acesso ao local; estacionamento para 250 carros, atendendo também ao Parque Bruno Covas; espaço de eventos e, futuramente, área para escritórios, restaurantes e espaço cultural.

Segundo o governo, nesta primeira etapa de obras foram aplicados R$ 35 milhões para revitalizar a usina e R$ 25 milhões no novo sistema viário. A iniciativa privada é responsável pelos espaços de lazer, eventos e escritórios. A concessão foi firmada entre a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) e a Usina São Paulo SPE S.A., sociedade composta pela JHSF (empresa do setor de imóveis e shopping center, incluindo o Complexo Cidade Jardim), FEHU (Incorporadora) e RFM (construtora e incorporadora).

Foram entregues novas pistas retificadas no trecho da Marginal que passa pela Cidade Jardim e o acesso à área onde ficará o complexo. O estacionamento e o espaço de eventos serão gerenciados pela Casa Fasano. Nos dias sem evento no local, as vagas servirão para frequentadores do Parque Bruno Covas.

Segundo Thiago Nagib, CEO da Usina São Paulo, agora começa a segunda fase de obras: a reforma do prédio da Usina São Paulo. O local nasceu como Usina Elevatória de Traição em 1940 e controla o nível do Pinheiros, impedindo que ele transborde em períodos de cheias, revertendo o curso da água até a Represa Billings quando necessário. Com a revitalização, o prédio deve ganhar um rooftop com restaurantes, espaço cultural e vista panorâmica. A previsão de entrega é até o fim de 2025.

"É algo que vai entrar no nosso roteiro turístico da cidade e ligar a Vila Olímpia à Cidade Jardim. As pessoas vão se aproximar do rio e da usina, entendendo como esse sistema funciona", disse ontem o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em evento no local.

SANEAMENTO

A meta do Estado é reduzir em 50% a carga orgânica do Rio Pinheiros em cinco anos. Obras de saneamento vêm sendo feitas em São Paulo e em Guarulhos, além de processos de retirada de resíduos do corpo d’água.

Na semana passada, o Rio Pinheiros ficou verde e turvo por causa do excesso de poluição da água, em contato com o tempo seco. Na ocasião, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente afirmou que vem implementando, desde o início de 2023, "ações de curto, médio e longo prazo, como ampliação do saneamento básico, monitoramento da qualidade da água, desassoreamento e recuperação de fauna e flora" do Tietê e afluentes, como o Pinheiros.

Segundo a pasta, a previsão é de que até 2026 sejam investidos R$ 15,3 bilhões. Segundo o governo, no primeiro ano do programa IntegraTietê foi feita a maior remoção de resíduos nos Rios Tietê e Pinheiros desde 2015, com 1,4 milhão de metros cúbicos de sedimentos removidos, volume equivalente à carga de 99.508 caminhões basculantes.


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