SAFADI
Fred Safadi vai a júri popular por morte de arquiteto

O ex-modelo Frederico Peixoto Safadi, o "Fred Safadi", 23, acusado de matar o arquiteto Flávius Lessa em 2011, vai a júri popular nesta quarta-feira (15), a partir das 13h. O juri será presidido pelo juiz John Silas, na 8º Vara Criminal, no Barro Duro, parte alta da capital.
Flávius foi encontrado morto, dentro do próprio carro, com um profundo corte no pescoço, no bairro do Benedito Bentes, na periferia de Maceió. Horas depois, Safadi foi ouvido na Central de Flagrantes de Maceió. Naquele momento, ele já era apontado como suspeito, por ter sido a última pessoa a estar com Flávius.
Em depoimento à polícia, Safadi confessou que esteve com Flávius na noite do crime, e afirmou ter feito uso de entorpecentes e disse ter recebido R$ 180 da vítima. A Polícia Civil divulgou que o arquiteto apresentava sinais de quem havia travado luta corporal, assim como Safadi.
Segundo o inquérito, Safadi, com a ajuda de um adolescente, enforcou o arquiteto utilizando o cinto de segurança do carro em que estavam e, em seguida, com um objeto pontiagudo, eles fizeram um corte profundo no pescoço da vítima, que não resistiu aos ferimentos. Safadi teve a prisão preventiva decretada em abril em 2011 e está preso desde então.
DEFESA QUER DESQUALIFICAR CRIME
A defesa do ex-modelo trabalha na tentativa da redução da intensidade da culpa. “A defesa quer desqualificar o crime para homicídio simples. Para isso, levantamos a possibilidade de homicídio privilegiado, quando o réu age sob o domínio de violenta emoção, neste caso porque aconteceu durante uma provocação da vítima”, disse o advogado de defesa Raimundo Palmeira.
O advogado fala que Safadi contou em depoimento que matinha um relacionamento com o arquiteto, mas que já tinha a intenção de terminar, o que motivou a discussão dentro do veículo. “Ele (Frederico Safadi) disse que só conseguia se relacionar com Flávius sob efeito de drogas e havia consumido no dia do crime. De uma forma inconsciente, a vitima se colocou em posição de risco”, disse.
Na versão do acusado, segundo a defesa, dentro do veículo houve uma discussão e o menor puxou o cinto de segurança e enforcou o arquiteto. “O Fred disse que depois o menor desceu do carro e a briga continuou. Ele falou que não lembra direito de alguns momentos, mas que acabou pegando um objeto que não sabe se foi vidro ou lata de refrigerante e cortou o pescoço da vítima”, falou.
Apesar da confissão do crime, a defesa acredita que o réu pode ser absolvido. “A defesa trabalha com a linha de homicídio da fragilidade da personalidade dele. É uma pessoa que não tinha antecedentes, já cumpriu quatro anos de pena em regime fechado, tem bom comportamento e está arrependido do ato”, completou o advogado.
Fonte: G1