balanço de 2017

Mais da metade dos municípios de AL registra casos de lepra

Por Fabiano Di Pace - Agência Alagoas 21/01/2018 - 09:34

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Foto: Carla Cleto
Foto: Carla Cleto

Também conhecida como lepra, a hanseníase é uma doença infecciosa, causada pelo bacilo de Hansen, em homenagem ao seu descobridor, o cientista norueguês Gehard Amauer Hansen. Caracterizada por atingir principalmente a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas e pés, causando incapacidades físicas, a enfermidade pode ser evitada por meio de medidas simples, que passa pelo cuidado com a higiene e, principalmente, a vacina BCG, integrante do calendário de vacinação infantil e que está disponível na rede púbica de saúde.

O alerta é da gerente de vigilância e controle das doenças transmissíveis da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Danielle Castanha, uma vez que até o dia 31 deste mês acontece a Campanha Janeiro Roxo, em alusão à prevenção, diagnóstico e tratamento da hanseníase. Ela oriente que, ao sentir os primeiros sintomas, que são manchas na pele com alteração da sensibilidade térmica ou dolorosa, além do comprometimento neural periférico em mãos, pés e face, é necessário procurar uma unidade de saúde para o diagnóstico.

Segundo dados da Gerência de Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis, em Alagoas foram notificados 278 casos de hanseníase em 2017, em 55 dos 102 municípios. Além da demanda espontânea para diagnóstico, Danielle Castanha salienta que as secretarias municípios de Saúde realizam a busca ativa de casos, principalmente no mês de janeiro, quando é realizado o Janeiro Roxo, uma vez que o diagnóstico precoce é essencial para o sucesso do tratamento e prevenção.

Tratamento 

A gerente de Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis ressaltou que a doença tem cura e tem todo o seu tratamento é disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na Rede de Atenção Básica. “Os postos de saúde estão aptos a realizar o tratamento, que é imprescindível para evitar sequelas mais graves e a disseminação da doença”, explicou.

O tratamento possui uma duração de seis meses ou um ano, dependendo do estágio e forma da doença. “Também é realizado exames nas pessoas de contato próximo com o paciente, visando assegurar a segurança e saúde das pessoas próximas”, salientou Danielle Castanha.

Ela lembrou que, após o início do tratamento a transmissão da doença é interrompida. “Ainda existe um estigma social muito forte associado à hanseníase, mas é importante frisar que a doença tem cura e deve ser diagnosticada e tratada”, reforçou a gerente de Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis.  

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