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Policial civil morre de ataque cardíaco durante plantão
Prestes a se aposentar, o policial civil José Máximo da Silva se sentiu mal durante serviço no plantão. Mesmo doente, ele continuou realizando diligência pela Central de Polícia 3, que o prédio absorve o 8º Distrito Policial e o 22º DP. Na manhã desta quarta-feira (7), Máximo sofreu ataque cardíaco fulminante, levando-o a óbito. O policial civil tinha 62 anos com 35 anos de trabalhos na Polícia. Ele deixa três filhos e a esposa.
A diretoria do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) lamenta o ocorrido e destaca o alto nível de estresse no exercício da profissão policial. O presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, revela a aberração por parte do Governo do Estado que impõe a custódia de preso ao policial civil, quando não é função constitucional da categoria, além disso, as delegacias não oferecem condições estruturais aos policiais civis para eles tirarem o plantão de 24 horas.
“O Governo do Estado não disponibiliza o básico ao policial, como um banheiro adequado. As precárias condições e a custódia de presos são problemáticas ao desempenho do exercício da profissão. O policial tem que lidar com a criminalidade e ainda resolver problemas da custódia, como o atendimento aos familiares dos detentos. Tudo isso vai gerar transtorno para os policiais e seus familiares”, revela.
De acordo com o presidente do Sindpol, cada vez mais fica enfatizado o abandono do Governo do Estado à categoria. O sindicalista cita o baixo piso salarial e vários direitos dos policiais civis que estão sendo desrespeitados, como a implantação de progressões funcionais, o não reconhecimento da periculosidade dos policiais civis Estado, e o maior abandono que é com relação a não atualização do valor do Seguro de Vida, Lei Estadual 6.035/1998, bem como o reajuste do direito. “Tudo isso reflete nas famílias dos policiais, causando transtornos para todos”.