DESUMANO

Delegacia de Igreja Nova continua superlotada

Por Assessoria Sindipol 22/03/2018 - 12:03

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Foto: Assessoria
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O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) recebeu a denúncia de que a Delegacia de Igreja Nova ficou com 23 presos na quarta-feira, 21, contrariando a determinação do Ministério Público que proibiu a permanência de detentos no local, devido às precárias condições estruturais da delegacia. A delegacia apresenta superlotação constantemente.

Com problemas de encanação na fossa da delegacia, os dejetos dos presos vão parar do de fora da parede, causando mal cheiro em toda a área em volta da delegacia.

Na delegacia, existem entulhos com materiais de apreensão, como moto e carros, poluindo o ambiente e adoecendo todos que estão na delegacia. As paredes apresentam rachaduras com infiltrações e mofo. A instalação do ar condicionado do alojamento está com infiltrações. A mobília é velha, expondo cadeiras com estofados rasgados. Várias portas quebradas.

A carceragem continua com problemas na parte hidráulica, além de ser um ambiente quente, sem ventilação e com iluminação precária. Os policiais civis são postos em situação desumana e ficam desmotivados com a insalubridade do local. Acabam sendo impedidos de realizar a investigação e elucidação de crimes para custodiar presos em um ambiente precário e desumano.

O presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, destaca que o Governo do Estado insiste em descumprir as determinações do Ministério Público e da Justiça, desrespeitando a integridade dos policiais civis, colocando em risco a saúde da categoria, dos presos e da população que necessita dos serviços da Polícia.

O vice-presidente do Sindpol, Jânio Vieira, informa que o Sindicato está entrando em contato com a Procuradoria da Justiça, solicitando a interdição da delegacia, tendo em vista a recomendação do Ministério Público, proibindo a permanência de presos.

Superlotação de presos nas cidades circunvizinhas

A superlotação de presos em Igreja Nova ocorre devido à lentidão da reforma da delegacia regional de Penedo que funcionará como Casa de Custódia sob responsabilidade do sistema prisional. O Sindpol denunciou o atraso de mais de dois meses na obra que reflete na superlotação e prejuízos aos policiais civis nas delegacias das cidades circunvizinhas.

O Sindpol também denunciou o atraso na reforma da Delegacia de Delmiro Gouveia e a falta de inauguração da Casa de Custódia de Santana do Ipanema, que está pronta desde dezembro.

O não funcionamento das Casas de Custódias de Santana do Ipanema, de Delmiro Gouveia e de Penedo resulta em superlotação de presos, transtornos aos policiais e caos na segurança pública.

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