presa na segunda

"Jornalista é uma criminosa em série", diz procurador-geral

Por José Fernando Martins 24/04/2018 - 23:39

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Foto: Divulgação
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O procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, concedeu entrevista coletiva no final da tarde desta terça-feira, 24, para falar sobre a representação criminal protocolada por ele contra a jornalista Maria Aparecida de Oliveira, presa na segunda, 23.

Conforme Neto, em 2010, quando atuava como presidente do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), hoje Gaeco, foi procurado por um advogado de um gestor público denunciado pelo Ministério Público de Alagoas (MPE-AL).

"Disse que uma determinada jornalista estava utilizando o nome do Gecoc para extorquir prefeitos investigados pelo grupo. O advogado não deu retorno, mas ficou a mensagem, algo que o Gecoc já tinha ouvido falar", relembrou o procurador-geral. 

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A jornalista em questão era Maria Aparecida. "Ela retornou ao Gecoc, local que sempre se encontrava com um promotor. Eu a chamei e expliquei a delicadeza da situação, de que havia sido noticiado que ela estava utilizando o nome do grupo para extorsão de gestores"

E acrescentou: "nunca mais tratei do assunto e não a permiti mais que fosse ao Gecoc. Atribuo a isso esse ódio direcionado a mim e à minha família". 

Porém, foi em 2015, que Alfredo Gaspar, à época secretário de Segurança Pública de Alagoas (SSP-AL), entrou com uma ação contra a jornalista por crime contra sua honra. 

"Pedi na representação que Maria Aparecida provasse ou respondesse os danos causados a mim, já que citou fatos que para mim foram danosos", explicou. 

Na coletiva, o procurador-geral informou ainda que não solicitou prisão de jornalista por calúnia, evitou a dar detalhes sobre o processo que se encontra em sigilo, que ofenderia sua família,, e não poupou críticas a Maria Aparecida chamando-a de "criminosa em série". 

Apesar de questionar se a acusada realmente é jornalista, Alfredo Gaspar também salientou que muitas denúncias feitas por Maria Aparecida contra políticos eram verídicas e renderam investigação. 

Assista a entrevista coletiva na íntegra

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