CASO ROBERTA DIAS

Erros em investigação foram causados por rixa entre delegados, diz Sindpol

Por Bruno Fernandes - Estagiário sob supervisão 07/05/2018 - 11:20

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Foto: Bruno Fernandes
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O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) declarou na manhã desta segunda-feira, 7, durante entrevista coletiva, que os erros na investigação sobre a morte da jovem Roberta Dias, em 2012, teriam sido motivados por rixas entre delegados.

Segundo o presidente do sindicato, Ricardo Nazário, o delegado e presidente da comissão à frente do inquérito, Cícero Lima, teria desentendimentos com o delegado da cidade de Penedo, à época, Rubem Natário. 

"Temos diversos casos de delegados que possuem desavenças entre si e isso sempre acaba sobrando para o elo mais fraco. Neste caso, os agentes foram acusados por Cícero Lima de diversos crimes, entre eles, o desta jovem e de tráfico de drogas nas dependências da delegacia de Penedo, de responsabilidade de Natário", declarou.

Ainda conforme o Sindpol, o desentendimento entre delegados teria sido o motivo para o áudio da confissão do homicídio só ter sido divulgado dois anos após o laudo da Polícia Federal realizado em 2016. 

"O delegado Cícero Lima estava com esse áudio há dois anos e só agora foi divulgado por alguém que vazou o material nas redes sociais”, disse o sindicalista. Para a entidade, está mais do que claro que todos os erros e acusações com falta de provas foram causados por essa rixa.

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O áudio em questão seria de uma conversa gravada em que Karlo Bruno Pereira Tavares admite que ajudou Saulo na morte de Roberta, que estava grávida. Saulo seria o pai da criança. A Polícia Civil investiga o caso como homicídio há mais de seis anos, embora o corpo nunca tenha sido encontrado.

Na última sexta-feira, 4, o delegado Cícero Lima declarou que a prisão dos policiais civis Gledson Oliveira e Carlos Idalino foram feitas apenas de forma preventiva. “Estão todos soltos, pois ainda estamos investigando”, disse.

O advogado do Sindipol, Welton Roberto, relatou que nunca houve provas concretas do envolvimento dos agentes na morte da jovem. “Se isso aconteceu com policiais mesmo sem provas, imaginem o que poderia acontecer com a população”, disse ele.

Ainda de acordo com o advogado, o Ministério Público Estadual (MPE-AL) será acionado para cobrar mais agilidade nas investigações do caso e o esclarecimento sobre as acusações feitas aos policiais que temem represálias da própria Polícia Civil.

Também será solicitado ao Secretário de Segurança Pública (SSP) de Alagoas, Paulo Lima Júnior, a nomeação de uma nova comissão especial para investigar o crime. 

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