OPERAÇÃO CAVALO DE TRÓIA

Mortos foram despidos para busca por armas, diz PC

Por Bruno Fernandes - Estagiário sob supervisão 09/11/2018 - 13:57
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Delegado Fábio Costa é um dos responsáveis pela ação - Foto: Bruno Fernandes
Delegado Fábio Costa é um dos responsáveis pela ação - Foto: Bruno Fernandes

Em entrevista à imprensa na manhã desta sexta-feira, 9, o delegado Fábio Costa, responsável pela ação policial que resultou em 11 mortos na quinta-feira, 8, em Santana do Ipanema, informou que os próprios agentes despiram os corpos dos suspeitos de assalto.

O fato de estarem nus chamou atenção da população quando imagens da operação denominada Cavalo de Tróia começaram a circular nas redes sociais. Nas fotos divulgadas, dez apareciam de cueca e um estava totalmente nu.

"Eles estavam de cueca porque nós despimos os indivíduos. Isso é praxe e serve para que possamos fazer o deslocamento dos criminosos, e saber se não há mais arma escondida, objetos ilícitos ou documentos", explicou.

Sobre a investigação, Costa explicou que ela foi iniciada há aproximadamente três meses após dois assaltos praticados no interior alagoano, em Cacimbinhas e Igreja Nova, no segundo semestre.

Questionado sobre a suposta troca de tiros, o delegado Thiago Prado, também responsável pela operação, informou que o início foi em decorrência do som do helicóptero do grupamento aéreo que foi usado para reconhecer o local e verificar se a informação era precisa.

"Eles notaram que estavam sendo cercados e passaram a atirar. Estavam bem armados, com espingarda, fuzil automático, e também começamos a atirar. A diferença é que somos técnicos e temos estratégia", disse Prado. 

Sobre os mortos aparecem amontoados na traseira de uma caminhonete, foi explicado que o veículo utilizado durante as ações do bando era o único à disposição.

"Procuramos outros carros para fazer o transporte, mas o que se tinha era aquela caminhonete. Colocamos ali para levar ao hospital e de lá acionar o IML", expôs.

Ainda não foi revelada a quantidade apreendida na casa. Segundo a PC, a contabilidade do valor já foi iniciada, porém a prioridade no momento é de identificação dos suspeitos.

"Estamos fazendo o trabalho de identificação dos suspeitos, levantando a ficha criminal, e fazendo essa contabilidade". 

Identificação

Até o momento, dos 11 mortos em confronto, apenas 5 foram divulgados pela Perícia Oficial de Alagoas. 

São eles: Adjane da Silva, 30, de Santana do Ipanema; Evandro de Paula Lima Silva, 34, de Minador do Negrão; Carlos Alberto de Lima, 30, de Arapiraca; Andre Luiz de Morais Lima, 30, de Serra Talhada (PE); e Adeildo de Souza Timóteo, 23, de Aracaju (SE).


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