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STJ concede liberdade a advogada Janadaris Sfredo

Advogada retornou ao Rio Grande do Sul após um ano no Santa Luzia
Por Bruno Fernandes 15/12/2018 - 19:50

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Janadaris deixou presídio no final da tarde de sexa-feira - Foto: Bruno Fernandes
Janadaris deixou presídio no final da tarde de sexa-feira - Foto: Bruno Fernandes

A advogada Janadaris Sfredo, acusada de ser mandante do atentado que provocou a morte do também advogado Marcos André de Deus Félix, em março de 2014, deixou o presídio feminino Santa Luzia, no bairro Cidade Universitária, em Maceió, no final da tarde de sexa-feira, 14.

A soltura foi determinada pela 6ª turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em julgamento, na quinta, 13, do mérito do pedido de habeas corpus impetrado pelo advogado Anderson Taveiros no ano passado

A decisão do STJ restabelece a situação jurídica do acordão proferido pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal em março de 2016, que concedeu à advogada o direito de aguardar em liberdade o julgamento.

“Determinar que a paciente seja imediatamente solta e esclarecendo-se que eventual repetição da recalcitrância judicial no cumprimento deste acórdão poderá resultar em responsabilização do agente público”, relata trecho da ordem de soltura encaminhada ao Judiciário alagoano e assinada pelo ministro relator do HC, Rogério Cruz.

Ainda de acordo com a decisão do STJ, Janadaris Sfredo está autorizada a retornar ao Rio Grande do Sul, de onde é natural, podendo retornar a Alagoas apenas para julgamento.


Após sair do Sistema Prisional Alagoano, em entrevista exclusiva ao EXTRA, Janadaris declarou temer ser morta caso permaneça por muito tempo em Alagoas.

“Eu não me sinto segura aqui, estarei voltando para o Rio Grande do Sul o mais rápido possível e, apesar de amar Maceió, acredito que só volto aqui para o meu julgamento”, contou a advogada. Janadaris embarcou para o estado de origem durante a madrugada deste sábado, 15.

O CASO MARCOS ANDRÉ

Segundo o Ministério Público Estadual, a morte do advogado Marcos André de Deus Félix, assassinado a tiros na Praia do Francês, em 2014, foi encomendada por Janadaris, que sempre negou envolvimento com o crime.

No dia do crime, o advogado tentou se salvar correndo para se esconder dos atiradores Álvaro Douglas dos Santos e Elivaldo Francisco da Silva. Ambos já foram julgados e condenados, respectivamente, a 18 e 21 anos de prisão.Os dois negaram,perante o Tribunal do Júri,que tivessem sido contratados pela advogada.



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