VEREADOR ASSASSINADO

Familiares de Silvânio Barbosa pedem pena máxima para réu confesso

Por Arthur Fontes e Bruno Fernandes 11/04/2019 - 15:04
Atualização: 11/04/2019 - 16:46

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Foto: Arthur Fontes
Parentes protestam na Av. Juca Sampaio, em frente ao fórum
Parentes protestam na Av. Juca Sampaio, em frente ao fórum

Familiares, amigos e admiradores do ex-vereador Silvânio Barbosa, assassinado em setembro de 2018, realizaram um protesto na tarde desta quinta-feira, 11, em frente ao Fórum do Barro Duro, em Maceió.

Dentro do prédio acontece a primeira audiência de instrução de Henrique Matheus da Silva Souza, 19. O jovem é o assassino confesso do parlamentar. Ele será ouvido por videoconferência, uma vez que está detido no Presídio do Agreste.

Quem preside a audiência é o juiz Rodolfo Osório Gatto Hermann, que deve ouvir nove testemunhas até o final da tarde.

Em entrevista ao EXTRA, a irmã de Silvânio Barbosa, Marcella Barbosa, afirmou que Henrique Matheus premeditou o crime e espera que a justiça seja feita.

"A população, parentes e os amigos querem a pena máxima até porque ninguém merece um crime desse. Meu irmão não merecia", declarou.

Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça, "o interrogatório do réu é o último procedimento da audiência, então é possível que não ocorra, se não houver tempo. Se a audiência não for concluída hoje, será marcada uma nova data".

O caso

O vereador de Maceió Silvânio Barbosa foi encontrado morto dentro do seu apartamento, no dia 8 de setembro de 2018, no Benedito Bentes.

O corpo estava com perfurações por golpes de faca. O acusado roubou o carro e outros pertences do vereador e fugiu. Foi encontrado dias depois no interior da Paraíba, onde confessou o assassinato.

Versões

Segundo o advogado de defesa de Henrique Mateus da Silva, Geoberto Luna, o réu disse que tinha a intenção de roubar o vereador e não matá-lo.

"Ele não tinha a intenção de cometer o crime, apesar de tê-lo feito. Disse que reagiu a uma tentativa de sedução por parte do vereador. Afirmou ainda que estava sob efeito de drogas", contou o advogado.

De acordo com o assistente de acusação, Joanísio Omena, o réu apresentou versões contraditórias durante a instrução processual.

"Os autos levam a crer que foi crime de latrocínio, mas esperamos esclarecer o que de fato ocorreu naquele fatídico dia. A família quer esses esclarecimentos e que, ao final, a justiça seja feita".

Uma das testemunhas ouvidas durante a audiência foi o irmão da vítima, o militar Célio Barbosa dos Santos. Ele disse que confia na justiça alagoana. 

"Embora saiba que o meu irmão não vai voltar, quero a pena máxima para esse cidadão". A pena por latrocínio varia de 20 a 30 anos de reclusão.


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