CASO DANIEL THIELE
Família de professor assassinado cobra conclusão do processo pela 17ª Vara
Professor foi vítima de latrocínio e processo está parado, para angústia dos parentes-
Por Assessoria
30/04/2019 - 16:54
Divulgação
A família do professor da Ufal, Daniel Thiele, vítima de latrocínio em setembro de 2017, está cobrando a conclusão do processo pelos juízes que compõem a 17ª Vara Criminal da Capital, responsáveis pela análise do caso. Um dos acusados de envolvimento na trama que resultou na morte do educador ainda não apresentou a defesa, motivo que impede os magistrados de sequenciar a tramitação dos autos.
Pinheiro justificou à 17ª Vara que os autos não podem ficar aguardando a apresentação das alegações finais, sem as quais o processo não anda. Para isto, pediu que o colegiado de juízes faça a nomeação, em caráter de urgência, de um advogado público para tal ato processual. O requerimento da assistência de acusação foi protocolado no Poder Judiciário nessa segunda-feira (29 de abril), mas ainda não foi analisado.
O irmão do professor Daniel Thiele informou que a família está aguardando o resultado deste caso desde 3 de julho de 2018, quando aconteceu a audiência para ouvir testemunhas arroladas tanto pela defesa dos cinco réus como pela acusação. “Desde esta data estamos esperando a aplicação do veredito do juiz responsável por este caso”, comentou o bancário Marcelo Thiele.
“Causa estranheza que, após quase um ano, ainda não tenha sido concluído este caso. Periodicamente, estamos em contato com o doutor Thiago Pinheiro, solicitando informações acerca do andamento do processo, porém, o mesmo encontra-se parado. Esperamos que o juiz responsável se manifeste em breve para que seja dado um posicionamento, bem como anunciar a pena daqueles que estiveram envolvidos da morte do Daniel”, avalia.
A família, segundo Marcelo Thiele, quer, apenas, que a justiça seja aplicada, privando os criminosos do convívio social, no intuito de evitar que outras famílias passem pela dor da perda de um ente querido.
O caso
O inquérito policial enviado à Justiça aponta que, no dia 20 de setembro de 2017, os réus Thiago Anderson Lima da Silva, Cristiano Nascimento Germano e André da Silva Firmino planejaram roubar um jogo de rodas de carro no valor de R$ 7 mil e um aparelho de telefone. A trama, segundo a polícia, teve ainda a ajuda de Luís Fernando Gonçalves de Oliveira e Fabiano da Silva Rocha, resultando, posteriormente, na morte do professor.
Após a execução do roubo, no intuito de esconder o crime, André teria ateado fogo ao veículo e ao corpo da vítima. Os restos mortais de Daniel Thiele e o carro, ambos totalmente carbonizados, somente foram encontrados no dia 6 de outubro daquele ano, em uma área de mata de difícil acesso na zona rural do município do Pilar. O achado somente foi possível com o suporte de uma aeronave da Secretaria de Segurança Pública.