AGRESSÃO AO MEIO AMBIENTE
Poluição de fábrica de carvão incomoda moradores em Satuba
Reclamação foi feita no Instituto do Meio Ambiente há mais de dois anos, mas processo sumiu
Ter uma chácara para morar ou fugir da cidade grande nos finaIs de semana para o meio do
nada, longe da poluição e rodeada pela natureza é sonho de consumo de muita gente. Mas
se tornado pesadelo devido a implantação há mais de dois anos de uma fabriqueta que
fraciona carvão no local. Não foi por falta de providências que o problema persiste.
Incomodados com a poluição e fuligem que tomam conta das residências, em 16 de novembro
de 2017 moradores abriram processo DEN2017.002994-21 no Instituto do Meio Ambiente de
Alagoas (IMA) e, para surpresa deles, um ano depois o processo tinha sumido do órgão
fiscalizador. A reclamação é do empresário Cláudio Bastos, representante da causa, que cobra
providências cabíveis.
Bastos conta que até chegar ao IMA percorreu um longo caminho. Tendo em mãos um abaixo-
assinado dos moradores, procurou o Batalhão de Policiamento Ambiental que fica próximo da
área. Lá, foi informado que o caso não seria de sua competência e foi aconselhado a se
informar no Ibama qual procedimento seguir. Lá, foi encaminhado ao IMA, onde abriu o
processo. Na descrição do documento traz que no local funciona um fracionamento de carvão
vegetal, onde o saco de 30 quilos é transformado em 5 a 10 kg, mas o pó do carvão está
prejudicando a saúde e moradia devido a liberação da substância. “Peço providências urgentes
para o fechamento da mesma por se tratar de um loteamento residencial”, diz trecho do
documento.
O que chama a atenção é o fato de, um ano depois da reclamação e preocupado com a
demora na solução do problema por parte do órgão fiscalizador, Bastos resolveu ir à sede do
IMA cobrar providências. Para sua surpresa, foi recebido por uma estagiária que disse que
ninguém sabia do que se tratava, que aquele processo não existia. O empresário então
apresentou fotografias de veículos do IMA no momento em que a equipe teria ido até a fábrica
de carvão. Diante das provas, a versão, segundo ele, foi de que realmente teriam ido lá e
multado o proprietário. “O caso precisa ser esclarecido. Primeiro o processo some, depois
foram lá multar e mesmo assim o problema persiste. Não queremos que seja multado,
queremos que o carvão seja erradicado até que o empreendimento atenda as normas
ambientais”, disse Bastos.
Leia reportagem completa no Jornal Extra de Alagoas.