TRAGÉDIA AMBIENTAL

Resíduos de petróleo chegam às praias de Maceió

Moradores de Ipioca temem a contaminação e morte de espécies no manguezal
Por Tamara Albuquerque 13/10/2019 - 08:13

ACESSIBILIDADE

Cortesia ao EXTRA
Praia de Ipioca, uma das mais rústicas no litoral norte, amanhece tomada por resíduos de petróleo
Praia de Ipioca, uma das mais rústicas no litoral norte, amanhece tomada por resíduos de petróleo

Os resíduos de petróleo cru que poluem o litoral nordestino desde setembro chegaram à Maceió. Ontem, ao longo da areia das praias de Ipioca, último bairro da capital alagoana e que faz divisa com o município de Paripueira, vários pedaços do óleo viscoso foram localizados por banhistas e moradores.

A região é uma das bonitas do litoral alagoano com preservação da rusticidade, vegetação de mangues e rios. A população teme a morte de espécies, principalmente caranguejos, que são abundantes no manguezal.

Ontem, o Ibama atualizou os número dessa tragédia ambiental: o óleo já atingiu 156 pontos do litoral do Nordeste, espalhados por 71 municípios. Os nove estados nordestinos foram afetados. Nesta semana, o Rio Grande do Norte é o estado com óleo em mais localidades. São 43 áreas atingidas; seguido por Bahia (21) e Pernambuco (19).

Em Sergipe, as manchas estão distribuídas em 17 pontos e todas as praias do estado foram afetadas. O juiz federal Fábio Cordeiro de Lima determinou que o governo federal e o Ibama implantem, em até 48 horas, barreiras de proteção em cinco rios de Sergipe para impedir a entrada do resíduo de petróleo.

A Petrobras diz que o petróleo cru que atinge o litoral nordestino não é produzido nem comercializado pelo Brasil. O relatório interno da companhia afirma que as manchas que estão poluindo praias do Brasil são uma mistura de óleos da Venezuela. O governo venezuelano nega ter responsabilidade pelo material.



Encontrou algum erro? Entre em contato