PROIBIDA DE USAR O BANHEIRO

Mulher trans é arrastada à força e expulsa de shopping em Maceió

Transexual chegou a subir em uma mesa da praça de alimentação do Shopping Maceió para pedir respeito
Por Bruno Fernandes com agências 04/01/2020 - 11:48
Atualização: 04/01/2020 - 15:43

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Reprodução/Youtube
Mulher foi arrastada e expulsa pelos seguranças de forma truculenta
Mulher foi arrastada e expulsa pelos seguranças de forma truculenta

Vídeos que passaram a circular nas redes sociais na manhã deste sábado, 4, mostram seguranças arrastando uma mulher transexual de forma truculenta para fora do Pátio Shopping Maceió, no bairro cidade universitária, parte alta da capital.

O caso aconteceu na noite de sexta-feira, 3, e de acordo com testemunhas, a mulher, identificada como Lanna Hellen, foi impedida de usar o banheiro feminino e um dos seguranças teria dito “você é macho”, enquanto à carregava para fora do estabelecimento.

Ela chegou a subir em uma das mesas da praça de alimentação para pedir respeito e anunciar que chamaria a polícia mas, sob os aplausos de alguns dos presentes e protestos de outros, foi expulsa pelos seguranças.

Após o episódio, o Shopping Pátio Maceió, importante centro de compras da cidade universitária vem sendo acusado por internautas de transfobia.

Durante a manhã, a hashtag #shoppingpatiotransfobico chegou ao topo dos assuntos mais comentados do Twitter.Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento da ação.

Nas postagens repercutindo o caso, internautas pedem um posicionamento do shopping sobre o caso e pregam um boicote ao local.

Lanna registrou um Boletim de Ocorrência (BO) e em entrevista à imprensa disse que vai entrar com ação contra o shopping.

Em nota o shopping Pátio informou que a equipe de segurança foi acionada para socorrer uma ex-funcionária transexual que subiu em uma mesa da praça de alimentação.

A ação foi necessária para garantir a segurança da própria pessoa e dos demais clientes. Disse que a funcionária não foi impedida de usar o banheiro feminino e que vai apurar o que aconteceu.

A Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos divulgou nota, na manhã deste sábado, para repudiar o que a pasta denominou de "ato de violência e transfobia" praticado pelos seguranças.

"No âmbito jurídico, os direitos da comunidade LGBT, incluindo da população transsexual e travesti são resguardados por leis e decretos, tais como: Decreto Estadual 58.187, de 21 de março de 2018, que dispõe sobre o uso do nome social e o reconhecimento da identidade de gênero de pessoas travestis e transexuais, e Lei n° 4.667/97, que pune a discriminação à livre orientação sexual", diz trecho da nota.


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